Como o tempo não volta para trás de modo a emendar os acontecimentos, preparamo-nos para o futuro... Armados com esperança e sonhos...
segunda-feira, 31 de dezembro de 2007
domingo, 30 de dezembro de 2007
Novação
É a nossa vontade, o “animus novandi”, em estabelecer novos objectivos que dão lugar a uma novação; pois não existe uma novação automática, por força da lei… Trata-se de um marco de novação, pois é essa a nossa intenção…
A novação é uma forma de extinção de obrigações, da qual resulta nova obrigação, em substituição à outra que fica extinta.
Nas vestes de nova, encontramos adstritos às mesmas prestações, aos mesmos vínculos… Em mente, temos novos objectivos e futuras obrigações a contrair…
A novação é a possibilidade de revermos o caminho que percorremos, e perguntar-nos se dirigimo-nos aos destinos pretendidos… A nova obrigação, os planos traçados…
sábado, 29 de dezembro de 2007
Planeamento
Essencialmente um acto de preparatório que se destina a estabelecer os propósitos, os fins, ou seja, determinar os objectivos, os passos necessários para atingir o que intencionamos… Por vezes, também são estabelecidas as etapas, os prazos e os meios para a concretização dos objectivos delineados…
O processo consiste em preparar, determinar e estabelecer os vários planos de actividades que procuraremos executar, uma vez que sabemos onde queremos chegar, e temos conhecimento com o que podemos contar…
Mas se os objectivos são demasiado vagos, difíceis de medir, impossíveis de alcançar, irrealistas ou sem um calendário apropriado, será que pretendíamos, de facto, atingir o pretendido?
sexta-feira, 28 de dezembro de 2007
Inventário
Essencialmente uma medida de protecção que se destina a evitar prejuízos e a distribuir, de forma justa, o nosso “património”…
O processo consiste na contagem e, se possível, na verificação de todos os “stocks” que compõem o nosso “património”… Procura-se apurar toda a verdade, para que a sua “distribuição” seja efectuada com igualdade e justiça…
Cada um, faz este “controle de stocks” segundo os seus parâmetros e procedimentos, atingindo o nível de exactidão pretendido e implementação de medidas correctivas (se necessário) para correcção de qualquer desvio detectado…
quinta-feira, 27 de dezembro de 2007
Vaidade
Mas é em vão, pois é fútil e de muito pouca duração, tudo o que faça, o tempo levará consigo… Mesmo que tudo se transforma em pó. A vaidade me ajuda a disfarçar, mesmo sem esconder. Sou vaidoso e tudo o que faço, é vaidade…
Não será antes a vaidade de uns, que julgam saber tudo, e tudo é explicado ao seu modo que torna tal característica indigna…? A carência a falta de auto-estima, por detrás de uma máscara, que torna a vaidade, desmerecedora de confiança…?
quarta-feira, 26 de dezembro de 2007
Blogoprenda
Nomeado para o "Blog de Elite" criado por Grilo...
E passo a designar quem nomeio:
Mim http://oblogquetevequeternome.blogspot.com/
Gione http://sofaltaumtrintaeumnaminhavida.blogspot.com/
João Mateus http://fightingspirits.blogspot.com/
Absence http://insustentavelausencia.blogspot.com/
Wednesday http://h2otinto.blogspot.com
Sei que devo dar, pelo menos um motivo para cada um dos meus nomeados... Mas o motivo é invariavelmente o mesmo: porque são suas histórias, seus pensamentos, seus estados de espírito, seus sentimentos, seus segredos...
Após
Para muitos de nós, sim. O espectáculo acabou e o pano desceu… Mas ainda há muito para fazer e que reclama por atenção.
Muitos pormenores escapam para quem foi apenas convidado a assistir. Mas o mesmo não acontece para quem participa…
O fim do espectáculo, que se deseja ser intenso, é lamentado. Contudo, seus participantes encontram-se num ponto em que estão prestes a desfalecer. Mas o descanso terá de esperar para depois… Há muito para fazer, antes de finalmente, colocar o evento para trás.
terça-feira, 25 de dezembro de 2007
Costume
Não somos estátuas imóveis. Estamos sempre a actuar sobre o mundo que no rodeia, seja ou não, intencionalmente, com os nossos usos, rotinas e práticas constantes…
Os nosso comportamentos, o modo de actuar sobre o mundo que nos rodeia, caracterizam-nos… Mesmo que não sejam inalteráveis, pois somos criaturas de mudanças. Mas individualizam-nos quando descrevem os procedimentos de actuação que adoptámos…
Todavia, a certeza e a firmeza das nossas opiniões e crenças, conduz-nos a acreditar na necessidade e inevitabilidade de certos comportamentos e procedimentos em que é forçoso realizá-los… Sejam bons ou maus costumes…
segunda-feira, 24 de dezembro de 2007
Antecipação
Não podemos recostar-nos sem sentir culpa de deixar algo incompleto…
O tempo passa e o prazo expira. E podemos desejar que tudo tenha terminado, e reencontrar uma vez mais a nossa paz perdida… Torna-se inevitável desde que não desistamos no último momento possível.
Não precisamos de sofrer silenciosamente pelas mudanças na nossa rotina, por antecipação…
Preparados (ou não), que tudo corra pelo melhor…
domingo, 23 de dezembro de 2007
Preparação
A organização, cabe a nós… Não existe a melhor organização, mas aquela que mais nos convém e melhor adaptamos… Mas não significa que não possamos ouvir um conselho, melhorar num ou noutro aspecto…
Seja a primeira vez, uma repetição, ou mesmo algo que fazemos normalmente, há sempre algo que não faz sentido ou discordamos, mas tentamos seguir as indicações, de outros e até de nós mesmos…
Preparados (ou não) lançamo-nos à tarefa e procuramos levar a efeito o que nós próprios propomos cumprir… E seja o melhor de sempre…
sábado, 22 de dezembro de 2007
Yule
Tempos para reflexão sobre a forma como tudo e todos se inter-relacionam, para fundir memórias e para celebrar o regresso da luz.
Dia em que se festeja o Sol, o trovão e o fogo.
sexta-feira, 21 de dezembro de 2007
Mensageiro
Nem sempre todos, a quem queremos bem, estão por perto. O contacto directo não é possível e deslocar-nos até eles é muito difícil de o conseguir. Mas nem por isso deixamos de querer dizer que pensámos neles e desejamos-lhes felicidades. E mais uma vez, os mensageiros são essenciais…
Recorremos ao que ou quem possa levar a nossa mensagem. Com o desenvolvimento e progresso da tecnologia, o elemento humano nem sempre se encontra sempre presente, senão quem emite a mensagem e a recebe. Actualmente, os mensageiros são virtualmente instantâneos e o envio e recepção da mensagem são num instante. Pois é vital que a informação chegue ao seu destinatário…
quinta-feira, 20 de dezembro de 2007
Assistência
Avaria, estraga, apodrece, envelhece, fica desamparado... E muitas vezes, encontramo-nos presentes e impávidos, a assistir o desenrolar dos acontecimentos, mesmo sem nada contribuir para tal. Assistimos porque ignoramos, não podemos, ou, simplesmente, desconhecemos o que fazer, mas jamais negamos cuidados...
Intervimos e pedimos auxílio a quem pode, eventualmente, nem ter qualquer comprometimento, mas que possa demonstrar interesse em envolver-se...
Prestar assistência (seja social, técnica, jurídica ou espiritual...) torna-se um dever de amparar quem seja incapaz de cuidar de si ou de algo.
quarta-feira, 19 de dezembro de 2007
Burocracia
Ao início, desconhecemos como toda a administração funciona, e procuramos informar-nos. Qual o serviço com competência técnica? Qual a repartição a dirigir-nos? Qual o funcionário certo com as informações correctas e completas? E passamos de uns para outros, em busca de respostas...
Somos tratados de forma padronizada seguindo um guião imposto pela organização aos funcionários, que, como nós, deixaram de ser pessoas mas um problema a ser resolvido.
Somos todos vítimas da burocracia. Seu crime: desumanização…
terça-feira, 18 de dezembro de 2007
Documentos
segunda-feira, 17 de dezembro de 2007
Visita
Inesperadamente (ou à hora marcada), surge a visita.
O dia, nesta ocasião, fica alterado… O que não é urgente é de imediato colocado de lado… A atenção centra-se agora no que perturba a rotina.
Têm agora lugar os cumprimentos, o reconhecer a chegada da visita…
Os afazeres são substituídos pela conversa, pelas perguntas e respostas, pela inquirição no desenvolvimento de acontecimentos…
O tempo passa e as várias mensagens são trocadas à velocidade do som…
Rapidamente é momento de despedidas, o reconhecer a partida da visita. E regressar às tarefas ainda por concluir…
domingo, 16 de dezembro de 2007
Pipoca
Pouco energética, o seu sabor natural é adulterado por outros ingredientes, sal ou açúcar, ou outro da preferência da pessoa que vai comer... Com uma colher, a pipoca é transportada para cones ou baldes ou qualquer outro recipiente... Agora está pronta a consumir...
Sentamo-nos e esperamos pelo início do espectáculo... Estica-se a outros o recipiente e damos início à devoração da pipoca e a uma conversação ligeira de antecipação... O remexer dos recipientes, o estalar na boca multiplicado pelos outros que fazem o mesmo, as brincadeiras juvenis da pipoca arremessada, ou que por qualquer motivo salta do seu recipiente...
No momento da partida, espalhada pelo espaço, pisada e ignorada...
sábado, 15 de dezembro de 2007
Aventura
Não se trata de um aventura plena de emoções fortes, vivências e experiências memoráveis, riscos e desportos radicais… Também não me encontro em contacto directo com a natureza…
Mas demiti-me do papel de espectador passivo e passo a contracenar, a sentir e agir no cenário… Sou o protagonista desta aventura ao participar e traçar a minha própria rota, mirar o passado e seguir em frente…
Um mês passou desde que embarquei nesta aventura... Pouco tempo. Eu sei… Mas também é um pequeno feito que merece sempre ser celebrado.
sexta-feira, 14 de dezembro de 2007
Green Day - Boulevard of Broken Dreams
Todos já sentimos assim... A caminhar através dos nossos sonhos apenas na companhia da nossa própria sombra, mas, na verdade, há sempre alguém connosco... Apenas falta aperceber-nos...
quinta-feira, 13 de dezembro de 2007
Indiferença
Fingimos ignorar o mundo que nos rodeia, aos seus acontecimentos...
Batalhamos para dar sentido às nossas vidas, dar-lhe uma noção de moral e ética, mas estamos perdidos e amedrontados... E há momentos que fugimos para não enfrentar a realidade. Muitas vezes, precipitadamente, porque esquecemos da nossa própria força interior.
Também sinto-me perdido sem saber o que fazer, nem para que lado me virar. É quando preciso do teu conselho, para lembrares-me da minha força interior.
quarta-feira, 12 de dezembro de 2007
Pessimismo
Imediatamente, uns dirão que é uma visão negativa e pessimista do mundo... Outros, de que apenas evitar criar uma ilusão...
Agora, enquanto uns dirão que estou a ser ingénuo, outros, de que tenho esperança num futuro melhor para todos...
O pessimista até pode ter mais vezes razão do que o optimista, mas um optimista diverte-se mais, e nenhum dos dois pode parar o curso dos acontecimentos.
terça-feira, 11 de dezembro de 2007
Segredos
O que escrevo são minhas histórias, meus pensamentos, meus estados de espírito, meus sentimentos, meus segredos... Informações valiosas ou irrelevantes, estes textos têm um pouco da minha alma e do meu ser...
Todos, possuímos segredos... Confidencial, apenas do nosso conhecimento. Mas também podem estar à vista de todos, sem haver algum esforço em ocultar, ninguém repara e o segredo é guardado...
Partilhar um segredo, é confiar. Confiar nos outros e em nós mesmos.
segunda-feira, 10 de dezembro de 2007
Amizade
Marcas, todos deixam, mas muitas são erodidas pelo passar do tempo... As que ficam, foram deixadas pelos que designamos de amigos. Às marcas, amizade...
A amizade não é a mão estendida, nem o sorriso carinhoso, nem o desfrutar da companhia... É o sentimento que desabrocha quando descobrimos que há alguém que confia em nós, que há um pedaço de alma que não nos pertence em nós...
“Se quiser um ano de prosperidade, cultive grãos.
Se quiser dez anos de prosperidade, cultive árvores.
Se quiser cem anos, cultive pessoas” (Confúcio)
O dom da infelicidade é ajudar-nos a reconhecer os melhores frutos...
domingo, 9 de dezembro de 2007
Objectos
Tudo e todos desaparecem em seu tempo... Até mesmo as grandes pirâmides no planalto de Gizé, desaparecerão. No seu lugar, os objectos (ou outros) vão assumir novos significados, quer porque recordam, quer porque representam simbolicamente algo…
Além de terem um valor sentimental, estes objectos, no futuro, serão importantes para os arqueólogos e historiadores, que, através deles, poderão reconstruir a minha vida social e cultural; para os antropólogos, que captarão os valores essenciais de uma sociedade ao examinarem estes objectos.
sábado, 8 de dezembro de 2007
Arrogância
Homens e mulheres com super-poderes apenas existem no mundo da ficção…
Podemos e devemos ter orgulho nos nossos dons, competências e habilidades, mas nunca perder de vista que são imperfeitos, abertos a um processo contínuo de aperfeiçoamento… Não somos senhores da verdade e da razão…
Ao engrandecer-se em demasia, numa busca de aplausos, bajulações e homenagens, o brilho dos seus feitos empalidece e atrai a antipatia dos outros…
“Meia garrafa faz mais barulho que uma garrafa cheia” (aforismo chinês), o verdadeiro sábio não procura exaltar a sua superioridade… Além de que sempre precisou da ajuda e apoio de outros.
Aforismo
do Lat. aphorismu / Gr. aphorismós, delimitação
proposição;
máxima;
rifão;
sentença que em poucas palavras encerra um princípio moral.
In http://www.priberam.pt/
sexta-feira, 7 de dezembro de 2007
Trilho
quinta-feira, 6 de dezembro de 2007
Melancolia
Com a cabeça pendendo sobre a mão, o olhar perdido, o corpo curvado sob o peso da minha existência sinto instalar-se no meu ser, melancolia.
Encontro-me a vaguear pelo mundo, a preencher horas vazias, sem inspiração para as tarefas diárias. Sinto pessimismo por não conseguir vislumbrar para além do dia de amanhã...
Mas a melancolia pode ser uma experiência de interiorização, profunda e fértil, um estado afectivo propício a todo o ser que tenha como projecto, compreender e modificar o mundo. Esta pode nos conduzir à vontade de terminar com o tédio e a sensação de vazio interior.
quarta-feira, 5 de dezembro de 2007
Triunfo
Sempre procuramos reconhecimento, de nossas famílias, amigos, vizinhos, da sociedade em geral… Celebramos com eles, as festividades e feriados…
Diversão, entretenimento, festejos e risos… Partilhamos emoções de contentamento e alegria, gozamos da companhia…
Mas eu… Reconheço em mim, uma necessidade de festejar as minhas conquistas, os meus mais pequenos feitos. Que devo organizar as minhas comemorações, nem que seja pelo motivo de estar vivo para os organizar e celebrar…
terça-feira, 4 de dezembro de 2007
Passado
Ao habitar este mundo, sofremos e rimos... No futuro serão mágoas e alegrias...
É impossível viver no passado mas regressamos a ele continuamente.
Define-nos quem somos...
Ao lembrar o tempo que passou, o olhar fica vazio e o coração assola-se pelo sentimento de que jamais voltará a repetir-se... Ficamos diferentes, incomodados...
Por vezes, surge mesmo uma lágrima no canto do olho, porque machuca e fere... Mas recordar, como dizem, também é viver...
segunda-feira, 3 de dezembro de 2007
Ilusão
domingo, 2 de dezembro de 2007
Caminho
Mesmo repetindo os mesmos actos, por natureza rotineiros, as condições ou circunstâncias apenas são semelhantes, jamais serão idênticas… Há apenas a aparência de repetir.
Cada dia é único e especial. “A armadilha do quotidiano” (Johann Goethe) que procuramos evitar, é apenas o percorrer de um caminho que já conhecemos, mas que nunca é exactamente igual a si. De facto, encontra-se em permanente actualização… Sentimo-nos seguros porque sabemos onde se encontram as lombas e os buracos...
Ao encetar por um novo trilho, estarei a recomeçar?
Não foi aqui que aprendi a andar… Oportunidade de um novo início, sim…
sábado, 1 de dezembro de 2007
Esperança
A esperança também partilha com muitas emoções o facto de o seu objecto poder não ser exacto ou definido, tomando assim a forma de uma aspiração vaga e indefinida. Pode variar na intensidade sentida e na sua certeza.
Tal como as crenças, a esperança pode ser considerada irracional ou racional, dependendo de como está fundamentada. Porém, é perfeitamente racional continuar a ter esperança de que algo de bom vá acontecer, ainda que todos os factos indiquem o contrário. Ter esperança em alguma coisa insustentável não diminui necessariamente a intensidade da esperança, mesmo havendo consciência dessa insustentabilidade.
É racional para uma pessoa continuar a ter esperança num resultado favorável, mesmo quando tudo indica que seja pouco provável.
É racional ter esperança enquanto espero por notícias, neste escuro e frio corredor...
sexta-feira, 30 de novembro de 2007
Skank - Resposta
Lembra-me dos tempos das minhas primeiras paixões, das atitudes tímidas e do receio de fixar nos olhos de alguém... Recordações de inocência e ingenuidade...
quinta-feira, 29 de novembro de 2007
Imortalidade
A única forma de cumprir o potencial humano é prolongando as nossas vidas muito para além dos limites da nossa existência meramente física.
Mas a imortalidade deve ser entendida como a continuação da nossa influência e das nossas ideias sobre o mundo, e não exactamente a nossa sobrevivência enquanto pessoas. Só ao compreendermos a constante mutabilidade da natureza e do nosso papel nela, podemos contemplar a nossa integração num processo eterno.
quarta-feira, 28 de novembro de 2007
Café
Resguardado dos ventos outonais, está um dia solarengo que aquece o corpo e a alma...
terça-feira, 27 de novembro de 2007
Treze
E à sexta-feira, terrível... Gatos pretos, sal entornado...
Explorado pela astrologia e adivinhos, fonte de lendas e superstições...
Treze é o número natural que segue o doze e precede o catorze.
segunda-feira, 26 de novembro de 2007
Medo
domingo, 25 de novembro de 2007
Dor
Apesar de existirem muitas diferenças entre os indivíduos, factores como o isolamento social, o medo e os sentimentos de abandono contribuem muitas vezes para baixar o limiar da dor, aumentando o sofrimento de muitas pessoas. Pelo contrário, o sono, a compaixão, o relaxamento, o humor, a compreensão, etc. terão mais propensão para fazer aumentar a tolerância à dor, aumentando igualmente as hipóteses de se tornar menos incómoda.
A distracção da dor e a redução da tensão e da ansiedade são as duas estratégias que utilizo para reduzir consistentemente a dor, seja física ou emocional. Tomo atitudes de relutância, bravura ou mesmo de condescendência para comigo. Nunca estou preparado para falar da dor que sinto, nem solicito alívio...
Incapaz de cuidar de mim, não deixo de olhar por ti...
sábado, 24 de novembro de 2007
Acidente
Na cultura ocidental, os acidentes são, obviamente, comuns.
Um facto acidental é necessariamente atribuído a uma concatenação invulgar de acontecimentos, a uma falha de qualquer tipo de sistema ou, simplesmente, a um azar. Porém, a atribuição do infortúnio a factores e forças impessoais está sempre em tensão com a vontade de imputar a responsabilidade a qualquer agente humano.
«Acção divina» ou «Providência» são componentes claramente insatisfatórios (e pouco frequentes) da descrição de acidentes. O risco é a entidade caprichosa e difícil de controlar, mas é algo que se pode calcular racionalmente, em termos de probabilidades matemáticas. Acreditamos mesmo que pode ser reduzido por intervenção humana. Mas é com o risco que partilhamos, a cada momento, o nosso quotidiano... E quando insatisfeitos com a nossa existência, é o risco que alguns procuram...
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concatenação
do Lat. concatenatione
s. f.,
acto ou efeito de concatenar;
encadeamento;
ligação;
conexão.
In http://www.priberam.pt/
sexta-feira, 23 de novembro de 2007
Derrocada
Mas algo acontece. No chão ensopado em água, algo sucede. Imperceptível. Algo que transformará para sempre a fisionomia do local mas não a vida dos seus habitantes.
As rochas encontram-se, vagarosamente, a caminhar. A escorregar entre as suas irmãs e na lama. Lentamente, a ganhar energia e ímpeto, a sua deslocação é notada pelas criaturas em letargia, que repentinamente se vêem obrigados a fugirem de seus refúgios em busca de segurança.
quinta-feira, 22 de novembro de 2007
Blogosfera
Deparo-me agora nestas terras estranhas, em que todos somos estrangeiros.
São diversas as motivações que traz as gentes a paragens que têm tão de admirável como de singular. Desde os que buscam riqueza, um el dorado espiritual. Os que fogem, perseguidos e incompreendidos nos mundos a que pertencem. E também aos que apenas procuram aventura e emoção...
quarta-feira, 21 de novembro de 2007
Se7e
Sete são os dias da semana... Sete são os pecados mortais e os seus respectivos demónios. Sete são as virtudes e sete são os mistérios...
Sete são as maravilhas do mundo antigo e sete as do mundo moderno (quer a nível nacional, quer a nível internacional)...
Mas estes conjuntos e muitos outros, agrupados em sete, são apenas criações da fértil imaginação de homens, perpetuados por outros... Que preocupação constante e insistente que atinge as raias do excessivo, tal uma obsessão...
terça-feira, 20 de novembro de 2007
Perda
Mas a saudade não me é de todo, doloroso… Fico distante e nostálgico, contemplando o vazio, com a mente no passado. Sinto contentamento pelos momentos, fáceis e difíceis, alegres e tristes… Contentamento por tocar um outro ser, corpo e alma, riso e choro… Contentamento até pela monotonia…
Apesar de nunca mais vir a retomá-los e repetir, é alegria por os ter vivido que sinto… Guardo na memória o meu álbum de recordações. Privado, sim, jamais perco, apenas ganho…
segunda-feira, 19 de novembro de 2007
Aceitação
Supero minha ira e depressão, mas encontro-me quase vazio de sentimentos e, em muitos sentidos, como no pólo oposto da negação. Na verdade, tal como a negação, a aceitação tem inúmeras variantes, que vão da resignação à cedência, a condescendência, ao acordo, à aprovação e mesmo à expectativa.
A negação corresponde ao acto de deixarmos as coisas fora de nós; de manter fora da consciência a dor, o significado ou a realidade de uma perda.
No desenvolvimento das estruturas defensivas do ego, das mais primitivas e globais às mais flexíveis e desenvolvidas, a negação esta no extremo da escala das mais primitivas, por se tratar de uma defesa do ego contra a aceitação, o reconhecimento e a integração de uma perda.
Interiorizo ou rejeito o que já foi e prossigo minha marcha? Nego ou aceito meu destino, meu triste fado?
Mas continuo… Não desisto...
domingo, 18 de novembro de 2007
Absurdo
Dilema trágico em que nos encontramos, e com a rejeição da possibilidade de se procurar afirmar a nossa dignidade face à morte. É necessário estabelecer valores num mundo que, em si próprio, não os possui.
Aceita o absurdo como final e universal. Não somos obrigados a condicionar o nosso futuro devido à omnipresença da morte. A experiência do absurdo permite-nos experimentar, em simultâneo, a nossa condição de seres únicos, dignos e livres.O facto de os nossos projectos poderem resultar em nada não implica necessariamente que deixemos de tentar realizá-los, pois não deixa de ser excitante tomar a decisão de fazer alguma coisa, apesar de se saber que o fim último da acção é transitório.
sábado, 17 de novembro de 2007
Devir
Mas mudo e transformo... Reformulo-me todos os dias, em busca de uma esperança que me mantém vivo, e que também magoa...
Quem sou, não é quem fui, nem o que serei... Mas continuo constante para todos que me rodeiam... Novidades, poucas e nada significativas, mas que remodelam o meu ser que nunca mais será o mesmo. Cada nova experiência, cada nova pessoa com quem me encontro... Tudo marca. Uns mais, deixando enormes crateras, outros menos, mas muda para sempre a face da lua...
Capturados na sucessão de acontecimentos que não controlamos, o mundo e o meu ser está em devir, em mudança, em transformação...
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Devir
do Lat. devenire
v. int.,
dar-se, suceder, acontecer;
vir a ser, tornar-se;
transformar-se;
s. m.,
o futuro, o porvir.
In http://www.priberam.pt/
sexta-feira, 16 de novembro de 2007
Escrever
É o silêncio mesmo? O silêncio em si?
Quando gritamos, com o pleno dos nossos pulmões... Quebramos esse silêncio tirânico?
Já os antigos se perguntavam: quando uma árvore cai na floresta, haverá barulho?
Pois se não houver ninguém para nos ouvir, o silêncio não é quebrado…
Mas em quem confiar os nossos pensamentos, partilhar os nossos sentimentos… Enquanto não aparece, tudo é guardado nas nossas mentes e nos nossos corações... Ao ponto de tudo estar demasiado cheio, prestes a estourar... Mas ao arrebentar, ficará alguém para nos dar um carinho enquanto nossas lágrimas escorregam pelos nossos rostos…?
Então escreve para ti, num caderno guardado como de uma jóia preciosa se tratasse. Mas ainda é o tirano que dita as regras...
quinta-feira, 15 de novembro de 2007
Exórdio
E uma sucessão infindável de ensaios e teorias para explicar o que se encontra por detrás de cada começar. Qual a causa única e primordial de todos os efeitos e reacções. A origem de tudo e todos…
Então, entram em palco inúmeras individualidades, catalogadas em filósofos, escritores, políticos, jornalistas, advogados e tagarelas (e comentadores de futebol do dia seguinte)... E a difusão, e profusão e por vezes a imposição de idiotices sucedeu-se... até aos dias de hoje!
Hoje o mundo fervilha em ideias, teorias - cada uma mais ridícula e paradoxal que a outra. Gastam-se florestas de papel e rios de tinta. Para colocar em evidência a falta de paciência de quem já não consegue pensar por si.
Meditem sobre a real condição humana. Mas, por favor, não escrevam! Não peçam tempo de antena...meditem apenas e... em SILÊNCIO!
Podem esquecer a última parte… Vamos escrever em blogs…
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Exórdio
do Lat. Exordiu
s. m., primeira parte de um discurso;
preâmbulo, introdução a um discurso;
fig., princípio, prefácio.
In http://www.priberam.pt/