segunda-feira, 31 de março de 2008

Susana Félix - (Bem) Na Minha Mão


A viagem teve início há bastante tempo e não vislumbro o seu fim…

domingo, 30 de março de 2008

Anestesia

Através da administração de uma qualquer técnica anestésica que promove inconsciência (hipnose) total, abolição da dor (analgesia / anestesia) e relaxamento de alguém, possibilitando a realização de uma dada intervenção… Assim, é mantido inconsciente, sem dor e imóvel durante todo o procedimento… Anestesiados, somos insensíveis…

Habitamos um mundo de contradições e vivemos anestesiados… Insensíveis aos acontecimentos que nos rodeiam, mas que por qualquer razão não nos afectam directamente…

Numa sociedade que promove o individualismo e a felicidade particular que muitas vezes passa pela posse de um maior número de coisas… Somos insensíveis à dor de quem nos rodeia, à dor do que nos rodeia… A sociedade, o planeta, de que fazemos parte, e dos quais dependemos para tanto, não nos é importante…

Como tornámo-nos incapazes de sentirmos indignação?

Um pequeno gesto pode significar muito mais do que acreditamos ser possível…

sábado, 29 de março de 2008

Deslumbramento

Na “Alegoria da Caverna” de Platão, este descreve o filósofo como um fugitivo capaz de fugir das amarras que prendem o homem comum às suas falsas crenças e, partindo na busca da verdade, consegue apreender um mundo mais amplo. Ao falar destas verdades para os homens acostumados às suas impressões, não apenas seria incompreendido como tomado por mentiroso…

A vida pode ser um sonho quando vivemos no deslumbramento da existência do que é ideal e na possibilidade da sua aplicação a tudo… Quando vivemos ofuscados por um e único bom exemplo… Quando vivemos a fantasia de uma vida perfeita… Mas não podemos habitar num mundo imaginário…

Amor pode trazer deslumbramento mas também pode ser deslumbrante… Quando vivido, é sonho e sofrimento… Viver a realidade pode ser doloroso quando não somos aptos a sentir fascínio nem encanto pelas maravilhas que nos rodeiam…

Mas antes habitar um mundo de contradições que uma fantasia irrealizável…

sexta-feira, 28 de março de 2008

Ciúme

"O ciúme é aquela dor que dá quando percebemos que a pessoa amada pode ser feliz sem a gente" (Rubens Alves). Será?
O ciúme está associado ao medo de perdermos o amor ou a atenção de quem gostamos. Uma defesa contra ameaças de infidelidade e abandono.

Mas o “ciúme é um monstro de olhos verdes” (William Shakespeare)… O ciúme, que a cada momento magoa, que perturba todas as relações sociais, provoca dissensões, aniquila a confiança… O ciúme obriga a manter-nos constantemente na defensiva contra o amado, enfim que do amigo transforma-o em inimigo…

Compreenda-se também que esse vício é incompatível com a felicidade e, até mesmo, com a própria segurança. E quanto mais haja sofrido por efeito desse vício, mais sentirá a necessidade de combatê-lo, como se combatem a peste, os animais nocivos e todos os outros flagelos. O seu próprio interesse a isso o induzirá.

“Todos nós somos ciumentos em maior ou menor grau. A diferença está em como cada um encara este sentimento” (Willy Pasini)…
A diferença reside na nossa auto-estima, na capacidade de confiar nos outros e em nós mesmos, na nossa autonomia e capacidade de amar…

quinta-feira, 27 de março de 2008

Amor

O que mais desejo na minha vida: amor…
Calmo, sereno, que faz os olhos brilhar, de abraço envolvente e carinho sonolento…
Quero beijos doces, lentos, brincalhões, afectuosos, delicados e demorados.
Quero diálogos sinceros, divertidos, de olhos nos olhos, compreensão…

Mas como é ridículo, meu desejo… A procura de uma pureza impossível. “Sorte é se abandonar e aceitar essa vaga ideia de paraíso que nos persegue, bonita e breve, como borboletas que só vivem 24 horas. Morrer não dói.” (Cazuza).
De facto, livros, filmes e músicas raramente retratam o amor de modo realista. Afinal de contas, seu objectivo principal é divertir, não é educar…

Amor exige esforço… Esforço para enfrentar às situações que nos deparamos, às dificuldades com dinheiro, aos problemas no trabalho… Aos parentes e amigos…
“Amor não é olharem um para o outro, mas olharem ambos numa mesma direcção” (Antoine de Saint-Exupery).
Amar pode ser muito fácil… Mas ser feliz no amor é um investimento diário, trabalhoso e, às vezes, doloroso. No entanto, compensa, porque todas as tentativas de viver um amor verdadeiro valem a pena… Sempre… E o verdadeiro amor vence sempre!
Se não vencer, então porque não era verdadeiro… Tento de novo!

quarta-feira, 26 de março de 2008

Invisível

Aquele ou aquilo que se não vê ou que se não pode ver… É invisível…
Mas de facto é porque somos incapazes de ver…
Não vemos o que é muito pequeno… Não vemos o que é muito grande…
Não vemos no escuro... Não vemos o tempo…
Não vemos os outros… Existem, mas não vemos…

Existirá uma mão invisível que nos guia!?

Nem sempre seguimos um determinado caminho devido a uma decisão fundamentada…

Passamos por este mundo, despercebidos…
Com meras palavras que seguem uma determinada ordem, procuro falar sobre o invisível…
Aqui… Nada para ver… Sou invisível… Mas talvez seja por isso que possa interessar…

terça-feira, 25 de março de 2008

Avariado

Como damos tudo por garantido…
E quando avaria ou encontra-se danificado ou estragado… Quem fica estragado? Nós próprios…

Mais uma tarefa inesperada, uma situação a necessitar de solução… Averiguamos o que aconteceu, questionamos a origem da avaria…
Arranjamos, mandamos arranjar, substituímos se possível?
Em suma, numa atitude quase irracional, ficamos irritados… Por vezes, desesperados…
Afinal, era mais importante do que alguma vez imaginámos…
Se o “arranjo” não for possível, ficamos assolados por sentimentos de transtorno e tristeza…

Após o “arranjo” (quando possível), verificamos e testamos…
Procuramos aprender um pouco com toda a situação para que não se repita… Noutra atitude quase irracional ficamos contentes… Apesar da estranha queixa de não está exactamente como de antes…

segunda-feira, 24 de março de 2008

Blogoprenda

E porque perguntou-me, eu respondo porque tenho um blogue?

Há muitos anos adquiri um "estranho" hábito de sempre ter comigo uma esferográfica… E num momento de sossego ou inspiração, puxo por um pequeno papel (ou mesmo um simples guardanapo) e rabisco algo…
E no papel, a tinta desenha pequenos textos, histórias, pensamentos, estados de espírito, sentimentos, segredos…

Em certas ocasiões, dava a ler, um ou outro texto e pediam-me autorização para publicá-lo em jornais, revistas e também em blogues… Por vezes, encomendavam-me textos…
Todavia, com a azáfama diária e um estilo de vida acelerado, nunca houve muito interesse, da minha parte (apesar de alguns pedidos insistentes), em dedicar-me à escrita e publicar o quer que seja…
Não me considero um escritor e jamais o serei… Apenas anoto e rabisco…

Contudo, devido às circunstâncias, o meu estilo de vida conheceu um momento de desaceleração…
Com o repentino tempo disponível, pude ler vários blogues e quando desafiado, pela enésima vez, por
Mim, encontrava-me o suficientemente entusiasmado para criar e manter o meu próprio blogue…
Este é o motivo principal porque tenho um blogue…

Em atenção às regras criadas por Infiel, não conheço tantos autores de blogues no activo, para dar continuidade ao desafio…

domingo, 23 de março de 2008

Meteorologia

A meteorologia vem da palavra "meteoro" que significa "aquilo que flutua no ar". Basicamente é a ciência que estuda os fenómenos (factos, acontecimentos) da atmosfera da terra. O objectivo principal desta ciência é a previsão do estado do tempo que é, ainda nos nossos tempos, bastante importante para todos nós.

Tomamos decisões, pequenas e grandes, tendo em conta o factor do “tempo que faz”… O que vestir? Se levamos o guarda-chuva ou não? Para onde vamos passear, e se vamos passear?

Muitas das nossas actividade são condicionadas pelas condições climatéricas…
E até o nosso comportamento pode ser afectado pelo comportamento tempo…

Mas o tempo também é traiçoeiro e pode mudar de repente. Daí ser difícil acertar em tudo com rigor…

Num momento, o céu sobre nós está azul…
Mas não preciso que o sol brilhe para que sorria… A chuva pode estar a cair e encontrar-me alegre…

sábado, 22 de março de 2008

Água

Todos temos o dever de contribuir para a conservação da água…
Devemos reflectir a problemática da água e da falta que ela nos poderá fazer…

sexta-feira, 21 de março de 2008

Floresta

A floresta apresenta uma grande ligação com o nosso imaginário e ser…

A floresta é um espaço de mistério, de forças ocultas e sentimentos conflituais que excita a imaginação e o fantástico. É fonte inesgotável de mitos, crenças, lendas, fábulas, contos infantis e contos de fadas. É um espaço habitado por espíritos…
O desconhecido, a dificuldade de ver ao longe, a obscuridade no seu interior e os ruídos estranhos e indefinidos constituíram fonte de inquietação para os homens…

A floresta oferece conforto e prazer através da sua beleza e tranquilidade...

A floresta é um espaço de manutenção dos valores naturais e da qualidade de vida de todos. Os ecossistemas florestais têm funções ambientais de protecção do solo contra a erosão, regularização do regime hídrico, fixação de carbono da atmosfera, produção de oxigénio e suporte de uma elevada diversidade biológica…

quinta-feira, 20 de março de 2008

Ostara

É o despertar da Terra com sentimentos de equilíbrio e renovação…

Como se constata, hoje (dia do equinócio) o dia e a noite têm a mesma duração. A cada dia que passa, o dia aumenta e a noite vai encurtando um pouco.

O equinócio da Primavera, também conhecido como o Equinócio Vernal, Festival das árvores, é o rito de fertilidade que celebra o nascimento da Primavera, o despertar da vida na Terra e o retorno do sol. O dia e a noite são iguais quando a Primavera começa… A Natureza acorda do seu período de repouso…

É tempo de renovação e renascimento… É tempo de plantar e colocar em acção os planos… É tempo de flores e deleite, cores e cheiros…

quarta-feira, 19 de março de 2008

Mil

Nem tudo pode funcionar às mil maravilhas… Porque chegam ao momento em que é mais preciso e avariam… Deixam de resultar quando nem se coloca a opção de falharem… Naquele momento crucial e…
Com tristeza e resignação, dizemos: “acontece…”

Encontro-me a mil… Completamente acelerado para fazer face a todas as exigências, a todas as situações… Cada dia tem trazido novos desafios escusados…
Peço mil e uma desculpas, às mil e uma maravilhas da tecnologia moderna e antiga, pela minha descrença na sua funcionalidade…

Todavia, não deixo de ficar satisfeito com a milésima visita que a tecnologia permitiu…


Segundo um antigo aforismo oriental "uma imagem vale mais do que mil palavras", mas um gesto vale muito mais…
A cada milésima… Os meus agradecimentos e estima…

terça-feira, 18 de março de 2008

Tragédia dos Comuns - Água

Em 1868, o pensador Garret Hardin definiu "tragédia dos bens comuns" como a utilização desordenada e competitiva dos recursos naturais que, ao mesmo tempo que pertencem a todos, não pertencem a ninguém em particular.

Bens comuns são todos aqueles que compartilhamos com os outros pessoas, por exemplo: o ar, os rios, o oceano, as ruas… Nós dividimos tanto os direitos (de respirar, de beber água, de caminhar numa rua limpa…) quanto os deveres (de respeitar, cuidar e preservar) sobre esses bens…

Evidente é, então, que não nos podem cobrar pelo ar que respiramos ou por aquele balde de água que pegamos na fonte, no mar, no rio… O uso desses recursos, nunca poderá ser impedido. Mas deve ser regulamentado…
Principalmente, se o uso desses recursos naturais for realizado em prejuízo dos demais, dá lugar ao direito de se reclamar por esse facto.
Se, por exemplo, ao invés de pegarmos um simples balde de água no rio, represarmos esse rio para um consumo maior. Estaremos a diminuir a quantidade de água a jusante da represa ou a alterar a qualidade dessa água, ou ambos.


É essencial, que este recurso possua uma gestão eficaz, mas não apenas à superfície da paisagem, como também nas profundezas da terra, como no alto dos céus…

segunda-feira, 17 de março de 2008

Chave

Com uma chave, abrimos uma fechadura ou um cadeado… Com uma chave, abrimos um coração ou uma alma… Com uma chave, descobrimos segredos…

Com a chave errada, até encontrarmos a chave correcta, perdemos tempo e paciência… Será que apenas existe uma ou mais chaves?

Com a chave esquecida em algures, até darmos com ela, procuramos lembrar… Onde estava a última vez que foi vista? Qual era a palavra?
Com a chave perdida ou em lugar incerto, até ao reaparecimento, fica vedado o acesso à minha entrada… Será que existe um outro modo para ter acesso? Ou terei de arrombar?

Haverá uma chave secreta que abra todos os acessos!? Uma chave mestra que permita desvendar todos os segredos!? Uma chave que afaste todos os obstáculos do caminho!?

domingo, 16 de março de 2008

Calmaria

“O Homem não deseja a Paz” (Vergílio Ferreira)…
A guerra é o perigo, o desafio ao destino, a possibilidade de triunfo, mas sobretudo a inquietação em acção. Da paz se diz que é «podre», porque é o estarmos recaídos sobre nós, a inactividade…
Na aparente quietude, acabam por acontecer coisas perversas…

Procuro contrariar esta inacção que pressagia uma tempestade anunciada que rapidamente se aproxima…
A calmaria pode ser uma pausa, mas serve para preparar-me para essa tormenta que se acerca a mim…

Deveria apreciar a calmaria, mas avalio as situações e as circunstâncias e preparo-me para o pior…Depois de a tempestade passar, regressará a calmaria… Mas para dar apreço a esse momento, é imprescindível que tenha sobrevivido…

sábado, 15 de março de 2008

Quatro

O objectivo do problema dos quatro quatros é formar números inteiros usando quatro algarismos 4 e operações aritméticas elementares. Além da adição “+”, subtracção “-“, multiplicação “×”, divisão “/”, apenas são aceites a raiz quadrada “√”, a potenciação “xⁿ”, o factorial “n!” (produto ou fórmula do produto dos n primeiros números inteiros ou série natural), e o termial “n?” (representa a soma de todos os números inteiros positivos menores ou iguais a n).
Na expressão não pode figurar (além dos quatro quatros) nenhum algarismo ou letra ou símbolo algébrico que envolva letras, tais como : log., lim., etc.

Sempre considerei ser um problema interessante porque ajuda a exercitar o raciocínio, sem ser necessários grandes conhecimentos de matemática.
Contudo, proposto por Rui Chamas e Roger Chamas a questão é solucionada. Qualquer número natural n pode ser representado através de uma fórmula …
Lógico que a fórmula deveria ser recusada por utilizar o logaritmo

Além disso, não consigo utilizar a fórmula proposta…
Apesar dos esforços de me tentarem explicar o que é um logaritmo, continua a ser um botão na calculadora que me dá um resultado… E nem imagino o que sejam aqui os "radicais"… Compreendo tanto, como a sorte que advém da descoberta de um trevo de quatro folhas…

sexta-feira, 14 de março de 2008

KT Tunstall - Hold On

Segura mas também acarinha o que tens…

quinta-feira, 13 de março de 2008

Inútil

Como explicar a utilidade de algo que considero inútil!?
Como explicar o porquê de uma actividade sem préstimo… Algo que não causa, nem provocará nenhuma diferença, nenhum impacto…
Desnecessário, escusado…

Para tudo há uma explicação… Ou assim eu creio…
Então, até para o que parece ser inútil tem um motivo para existir…
Ou seja, não é assim tão inútil…
Mas se não tenho a resposta, porque me perguntam?
Questionem quem teve estas ideias inúteis… Questionem essa gente inútil…

Mesmo inútil, não deixa de ser curioso ou mesmo interessante…Também é cultura, informação e até mesmo divertimento… Apenas inúteis porque raramente lhes damos uso e não servem para atingir algum objectivo…

quarta-feira, 12 de março de 2008

Extravio

Encontramo-nos sempre em trânsito, entre o local de emprego e casa, entre a cozinha e a sala… Entre o local de origem e o destino, e também nesses locais, podem suceder vários reveses, eventualidades ou nada…

O que supostamente deverá chegar às nossas mãos, ou o que nos acompanha, também se encontram em movimento e podem ser alvo de várias vicissitudes…
Bagagem, correspondência e encomendas, documentos e cartões, mercadorias… Podem ser perdidos, danificados ao ponto de que se tornarem inúteis, destruídos, ou até mesmo furtados…

Mas, para mim, o evento mais frustrante é o extravio… A perda inexplicável em que algo ou tudo pode ter acontecido…
O que significa? Está desaparecido, mas vão encontrar?
Que me enviaram algo que nunca recebi, mas deveria saber disso?
Mais do que explicações, queremos connosco o que nos é devido… Saber quem são os responsáveis e "off with their heads" (Lewis Carroll)…

terça-feira, 11 de março de 2008

Janelas

Uma janela é descrito como uma abertura em um elemento de vedação arquitectónico, como uma parede. Ela possibilita a ventilação e insolação dos ambientes internos.
Mas a palavra assumiu diversos significados devido a esta acepção, em geral relacionando-a com a ideia de vazio. Por remeter ao exterior, pode ser considerada como ângulo de visão, pois permite a entrada de elementos como luz e ar, mas também possibilita a extensão do olhar…

Quando se usa um computador em modo gráfico (diferente do modo de texto), geralmente se vêem os programas representados por janelas na área de trabalho…
Quando se assiste a uma televisão, esta representa uma janela para o mundo… Deste modo, observamos para os acontecimentos que sucedem mesmo à nossa frente, sem participar neles…

Quando abrimos os olhos, estes são as janelas da alma…

Sempre que me sinto fechado, olho para o exterior, através das janelas… Não é importante que haja algo para observar, pode até nem haver, desde que a alma possa fugir para longe… Evadir-se no tempo e no espaço através de uma janela…

Daí a minha preferência por lugares com vista para janelas…

segunda-feira, 10 de março de 2008

The Piano

Faz-me sempre pensar um pouco na minha bem-aventurada vida…
Muitas, são as emoções que sinto…

domingo, 9 de março de 2008

Mel

Contaram-me que “lua-de-mel” é uma expressão que tem origem na tradição de que os casais recém-casados deveriam consumir hidromel, uma bebida adocicada e laxativa, que se obtém pela fermentação de mel adicionado com água, durante o primeiro ciclo lunar após o casamento para que o primeiro filho seja varão…

Mas nem tudo são disparates… “Coma muito mel e viverá muito e bem”. Os nossos antepassados, além de fonte de alimento, desde muito cedo que utilizam o mel na medicina e na cosmética, e com razão… Já conheciam as propriedades revigorantes deste doce segregado pelas abelhas…
O famoso banho com que Cleópatra suavizava a sua pele era à base de leite de burra e mel…

Gosto de adoçar leite e chá de limão com mel… E de comer mel às colheres, fingindo reconhecer a floração que dá aroma ao mel…Entretanto, desembrulho um rebuçado de mel que me foi oferecido para apaziguar a tosse que teima em persistir… Que também adoça a boca…

sábado, 8 de março de 2008

Mulher

Princípio de que para trabalho igual salário igual, é apenas um exemplo do que muitas lutaram no passado, em alguns casos, com a própria vida…
O evento rapidamente perde a sua vertente política e tornar-se numa ocasião em que os homens manifestam a sua simpatia ou amor pelas mulheres da sua vida — um tanto semelhante ao Dia da Mãe e Dia dos Namorados.

O Dia Internacional da Mulher simboliza justamente a luta pela igualdade de direitos entre homens e mulheres. E não se pode dizer que se trate de uma luta do passado. Apesar dos muitos avanços verificados, subsiste a distância entre a situação ideal e a situação real da mulher.

Não se esqueçam do slogan: “Pão e Rosas”, em que o pão simboliza a estabilidade económica e as rosas uma melhor qualidade de vida. Aceitem as rosas quando já tenham pão, mas não coloquem de lado a luta…

sexta-feira, 7 de março de 2008

Pontes

Ponte, é uma construção que permite interligar ao mesmo nível pontos não acessíveis separados por rios, vales, ou outros obstáculos naturais ou artificiais.

"Se as pontes são como as relações, permitindo a ligação entre as pessoas e transpondo as diferenças que existem entre elas, então o estado das pontes reflecte a confiança existente nessas relações.

O estado da ponte tem uma grande influência na forma como nos sentimos seguros, ou não, ao atravessá-la, ou seja, reflecte a serenidade com que podemos viver a relação. Enquanto o estado da ponte nos inspirar confiança podemos atravessá-la desfrutando da paisagem, sem receios, sem medos e com o prazer de percorrer e explorar a relação que a ponte significa. Mas se a ponte começa a ceder, se as brechas surgem e as inseguranças se tornam evidentes então a nossa confiança perde-se e passamos a ter outro tipo de atitude. Passamos a ser mais cuidadosos quando estamos na ponte e redobramos a nossa atenção face ao seu estado, de forma a evitar acidentes. Afinal, não queremos cair da ponte, não queremos dar um passo em falso.

Se a ponte tiver boa manutenção, então os sinais não nos assustam, tal como as relações que são cuidadas constantemente e que conseguem, assim, manter a confiança. Mas quando uma ponte fica danificada, temos de a reparar e renovar, tentando devolver a estabilidade.
Temos de cuidar bem das pontes que nos são importantes!" (autor desconhecido)

quinta-feira, 6 de março de 2008

Mudanças

“As mudanças realmente ocorrem quando não precisamos falar delas”…
Transferir tudo de um lugar para outro, ou apenas, dispor de outro modo, transformar o espaço a seu gosto… Árduo, também é fonte de satisfação. Principalmente quando se dissipa a sensação de nos encontrarmos estagnados, a impressão que não podemos aprender mais ou evoluir…

Apesar da diligência com que são tratadas os haveres, pode dar-se o caso de algum objecto sofrer estragos durante a desmontagem, o transporte, a entrega ou montagem… Há que ter em atenção as condições, nomeadamente de acesso da origem e do destino; as condições na carga, transporte e descarga; as características daquilo que se transporta…

Mais do que pelos equipamentos e materiais utilizados, uma mudança bem sucedida caracteriza-se pela sua organização e pelo planeamento cuidadoso…
É também necessário elaborar um plano para evitar possíveis caos… O que não excluí a exigência de estarmos preparados para adaptarmos às necessidades e desejos…
Boas ou más… Apenas o tempo dirá…

quarta-feira, 5 de março de 2008

Oito

Oito ou oitenta… Tudo ou nada…
“Oito” significa poder, magia e força, mas também pode significar destruição, morte e fim… Essa variação entre extremos ocorre pela formação de uma figura fechada, onde as energias estão em pleno movimento.
Eu, hoje, estou feito num oito…

Reviravolta

Nem todas as mudanças são previsíveis… Podem ser mudanças difíceis, porque não sabemos o que o futuro nos reserva, e podemos vir a arrepender-nos por termos saído de uma vida confortável…
Mas uma vida sem mudanças é uma vida sem emoção e sabor…

Todavia, a vida pode ser como uma montanha russa emotiva… Tudo acontece repentinamente, sem quase nos apercebermos o que aconteceu…
Numa dada altura, avança lentamente, sem novidades, sem surpresas, a monotonia instala-se…

A seguir, sobe, as expectativas aumentam…
Uma óptima notícia e num ápice, estamos no topo, eufóricos…
A seguir, outra notícia, e tudo desmorona-se… Há uma reviravolta total dos nossos sentimentos, a euforia é num instante substituída pelo desânimo…

Mas também há curvas e abanões… Num momento… Porque basta um momento… Há uma inversão da nossa sorte, e tudo volta a mudar…

terça-feira, 4 de março de 2008

Inspecção

Quando damos tudo por garantido, não nos apercebemos que poderá não estar a funcionar como deveria… De vez em quando, ocasional ou periodicamente, devemos ver com atenção e examinar cuidadosamente… Averiguar o funcionamento e as condições…

Assim, podem ser detectadas falhas que de outro modo apenas seriam reveladas em situações inoportunas… Evitáveis após uma inspecção prévia…
Mas uma inspecção incompleta ou isolada, não é a solução… E uma inspecção posterior, não é mais do que um apurar de responsabilidades…

Mas inspeccionar possui uma carga negativa: o de vigiar…
Se é necessário uma vigilância apertada é porque o seu funcionamento natural possui vários defeitos, que à partida, deveriam ser corrigidos…
Mas uma bênção quando procura evitar males maiores…

segunda-feira, 3 de março de 2008

P. S. I Love You




As cartas de amor são ridículas, só pelo simples facto de serem cartas de amor. O que é ridículo. Mas, ridículo é quem nunca escreveu cartas de amor, quem nunca amou... ridiculamente (Cf. Fernando Pessoa in "Cartas de Amor").

domingo, 2 de março de 2008

Contadores

Num palacete junto ao mar e rodeado dum amplo jardim, fico a conhecer como vivia a aristocracia portuguesa de finais do século XIX, início do século XX, e outras pequenas histórias do passado que merecem ser contadas…

O acervo é constituído por colecções de pintura, mobiliário, porcelana, ourivesaria e ainda pequenos núcleos de escultura, azulejos, têxteis, leques, vidros e "objectos de vitrine" nacionais e estrangeiros. Merece particular destaque a Crónica de El-Rei D. Afonso Henriques (1505) da autoria de Duarte Galvão, cuja iluminura do prólogo contém a mais antiga representação da cidade de Lisboa.

Também inclui vários contadores… Os contadores são uma versão do cabinet em Portugal no século XVII, em que as gavetas estão à vista. O cabinet móvel com gavetas, que surge no Renascimento, e assenta originalmente numa mesa. Evolui para móvel independente, em que a parte inferior, anteriormente a mesa, pode ser fechada ou aberta…Com tantas pequenas gavetas, úteis para guardar pequenos objectos… São, de facto, peças de mobiliário de utilização prática?

sábado, 1 de março de 2008

Reclamação

Uma reclamação é, antes de mais, uma insatisfação… Cuja causa é imediata, encontra-se presente…
De outro ponto de vista, é uma valiosa fonte de informação, uma oportunidade de conhecer e perceber as necessidades da sua clientela…

Para mim, uma reclamação é uma constatação… Algo que “contra factos não há argumentos”…
Mas para muitos, infelizmente, numa reclamação não surgem apenas os factos sobre o assunto em questão… Surgem, também, sentimentos, opiniões, factos irrelevantes… O que é importante desaparece no meio de berros, ameaças, equívocos e soberba…

Cada um de nós sente as emoções de modo diferente… Mas, numa reclamação, são inúteis… A comunicação serve para “pôr em comum” as situações que causam a insatisfação do reclamante… É necessário compreender as questões levantadas pelo cliente, em vez de considerar que o cliente é o problema! As informações recolhidas e registadas tornam-se valiosas se ensinam-nos algo… Por isso, é premente saber escutar…