quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Ceptro

Em Portugal, ao contrário do que acontece em outros países, não se verifica na investidura dos monarcas uma larga alusão à entrega das insígnias. Estas, todavia, encontram-se bem documentadas nas descrições da aclamação.
A Idade Média, sob o aspecto de simbologia política, foi de uma exuberante variedade e riqueza. Países houve, contudo, que constituíram excepção neste capítulo. Portugal é disso exemplo. Os signos da soberania em Portugal - e nao apenas naquela época histórica - além de raros, nunca encerraram interpretações extremistas; mas nem por isso, uma curta análise, deixa de ser útil.


A espada ou estoque representava a vitória sobre os inimigos e simultaneamente a justiça punitiva.

O ceptro, como a coroa, tinha atrás de si larga tradição e constituia uma das insígnias mais representativas da realeza. Em Portugal, logo desde os primeiros tempos da monarquia, o ceptro pertence à simbólica do Estado. Segundo o Direito Canónico, o ceptro - imagem da rectidão - representava a Justiça.


O ceptro obteve em Portugal, como símbolo político-jurídico, importância só comparável à que lá fora logrou a coroa. A coroa, de facto, não foi usada pelos soberanos portugueses, embora tenha feito parte da nossa simbólica estatal e tivesse mesmo ficado indissoluvelmente ligada à iconografia régia.

Levantamento

( A Batalha de Ourique (25 de Julho de 1139) - origem mística de Portugal e aclamação de Afonso Henriques como rei e também a adopção dos cinco escudos como armas nacionais)

Em Portugal, a investidura régia fazia-se através de uma cerimónia muito menos complexa que a coroação – o levantamento.
Nos quadros da história das instituições políticas a designação que lhe cabe é a de “eleição”, expressão esta que não implica necessariamente uma eleição no sentido habitual, podendo ser antes a simples ratificação dos direitos do novo rei pela nação.
Conquanto o trono fosse hereditário, o nosso direito público conservava, como vestígio, do princípio consensual e como expressão do dualismo rei/nação, a instituição do levantamento.

Todavia só a sagração conferia o título e a dignidade de rei, assim também, entre nós, o novo rei estava de antemão designado mas necessitava, não obstante, ser aclamado.
Os partidários da teocracia, em defesa da supremacia do sacerdócio sobre o império, afirmavam que o ungido é inferior àquele que dá a unção.
Reagindo a tal modo de ver, os partidários da tese adversa contra-atacaram, negando que a unção fosse uma cerimónia essencial, isto é, possuísse um efeito constitutivo de realeza. O rei, segundo esta tese, tem o seu título unicamente da hereditariedade, ou da eleição; é rei desde a morte do seu predecessor ou desde que os eleitores qualificados o elegeram; as piedosas solenidades que se desenrolam depois não têm outro objecto senão orná-lo de uma consagração religiosa, venerável, mas que não são indispensáveis.
Em Portugal, onde os reis não foram ungidos e coroados, nenhuma das doutrinas referidas teve campo favorável à sua disseminação.

De todos os actos da elevação, talvez o mais importante seja o juramento régio, isto é, o juramento pelo qual o rei promete “guardar os foros, usos e costumes do reino, governar os povos bem e direitamente e ministrar-lhes justiça”.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Maratona

Devido a guerras antigas, nas planícies de Maratona, na Grécia, conta-se que um soldado, e também atleta, terá percorrido enormes distâncias a pé, em passo de corrida, em busca de auxílio e reforços para combater os inimigos do seu povo.
E após a batalha, em que terá participado, foi-lhe incumbido a tarefa que lhe terá sido mortal devido ao excesso de esforço. Nessa última missão, o corredor Filípides percorreu cerca de 42 quilómetros que separam o local da batalha da cidade de Atenas.

Esta última, longa, dura e penosa tarefa tornou-se o símbolo da mais desgastante e emocionante prova dos Jogos Olímpicos: uma prova de corrida de 42 195 metros – a Maratona…
Mas também é símbolo da capacidade e resiliência do espírito humano perante qualquer adversidade que surja ou cria…

Primeiro de Dezembro, Primeira Maratona de Step…
Lá estarei… Como participante…