terça-feira, 31 de agosto de 2010

The Script - Live Like We're Dying


Viver como se não houvesse amanhã

86 400

A quantidade de segundos que temos num dia… A quantidade de tiques que um relógio deverá dar durante um dia…

E depois perguntam-nos como os vamos gastar… Pois eu digo, que muitos deles vou gastá-los a dormir… Outros a sonhar… E outros a mudar o mundo para sempre…
Simplesmente, porque eu posso.


Afinal, não há melhor invenção mais moderna, que o dia de amanhã…

sábado, 28 de agosto de 2010

Figos

(Imagem de Acis Menezes)

Sobre a relatividade advertiu Xenófanes que: "Se Deus não tivesse feito o dourado mel, muito mais doces diriam [os homens] são os figos" (Frag. 38, em Herodiano Gramático, Sobre particularidades da linguagem, 41,5).

A figueira-comum trata-se de uma das primeiras plantas a ser cultivada pelo homem, para a obtenção dos seus figos… Pois, nem todas as figueiras produzem figos que possamos comer… E existem mais de mil espécies de figueiras.
É com as suas folhas que Adão, ao ter consciência da vergonha repara que está nu, e se tapa com as suas folhas…

Mas o que mais me surpreendeu foi dar alguns figos a provar a quem, no seu país não há figos e desconhecia a existência de tal alimento… Não posso dizer fruto, porque o figo, cientificamente falando, não se trata de uma fruta… E após advertir o que se come e não, deixei-o provar… E as expressões de maravilhado e satisfação rapidamente surgiram no seu rosto…
De facto, se é delicioso, chamamos-lhe um figo…

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Futilidades

A futilidade irrita a muitos de nós… E porquê?
Valorizamos a inteligência, a cultura e o conhecimento… Valorizamos os actos nobres como a caridade, a coragem e a misericórdia…
Mas são esses actos e essas características que constituem o nosso quotidiano?

Porque perguntamos, principalmente a familiares e amigos: “o que estás a fazer?”?
Mesmo que a resposta esperada seja tão simples como: “estou a cozinhar” ou “a arrumar o quarto”. A pergunta não deixa de ser interessante e importante para todos nós… Porque faz sentirmo-nos em contacto com aqueles que amamos como se fizéssemos parte das suas vidas…
Não são essas actividades pormenores do que somos… Aspectos insignificantes que constroem a nossa personalidade…
Não são os nossos pequenos prazeres e pecados, frivolidades? Que nos fornecem contentamento… Características da nossa pessoa, os nossos gostos…

Vão… Sem valor… Vazio… Mas as nossas vidas encontram-se plenas de futilidades que dizem o que somos… São as futilidades que partilhamos com os outros, que nos mantêm ligados e criam a sensação de pertença.
O que é fútil dá sentido às nossas vidas…

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Dossier

Dossier é uma colecção de documentos ou um pequeno arquivo que contém papéis relativos a determinado assunto, processo, empresa ou pessoa.
Um dossier geralmente contém uma biografia ou informações detalhadas para análise sobre um interesse em especial. Geralmente aberto para consulta.

Antes de iniciar um dossier, escolhe-se um caminho claro que deve seguir.
No final do documento, se prosseguir, e com base na informação recolhida, tira-se conclusões, que indicam se o objecto de análise de determinado tema foi ou não alcançado.

De muitas formas e cores, prefiro os mais formais. Iguais uns aos outros, lanço aos documentos recolhidos o conceito de que são todos iguais e importantes, pois todos contribuem para o meu conhecimento.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Cor

Cor é luz daí sua ligação íntima com a luz solar. Sem luz não há cor. As cores interferem em todos os campos de nossas vidas. Somos luz que vibra na mais baixa intensidade criando as condições exactas para que surja o corpo físico. As cores nos colocam em "contacto" com o mundo exterior, sendo assim, sentimos o mundo através da pele, nosso maior órgão dos sentidos, necessitamos desse "contacto" com o mundo exterior para obtermos uma melhor qualidade de vida. Para muitas patologias podemos usufruir dessa interferência natural.

As cores estão presentes em várias situações das nossas vidas: nos alimentos que ingerimos, nas roupas que vestimos, no ambiente familiar e no trabalho. Na natureza, atingem o seu maior destaque, com o brilho da Primavera e a luminosidade do Outono. A presença das cores é sinal de alegria, descontracção, saúde física e emocional. O uso das cores para o tratamento físico é conhecido como cromoterapia. Baseia-se nas propriedades terapêuticas de cada uma das sete cores do arco-íris. A importância das cores em interiores e sua influência em nossas vidas tornam-se evidentes quando lembramos que, em média, passamos cerca de dois terços do nosso tempo em ambientes internos. A cor é um dos principais factores determinantes da forma como nos relacionamos com nosso ambiente e o que ele nos transmite.

As cores, além de acrescentar à estética de tudo que no mundo que criamos, servem também para interferir, em nosso favor, no equilíbrio, contra o ataque de diversos males que atingem o corpo humano. Estamos todo o tempo susceptíveis às mais diversas frequências vibratórias da luz, que produzem reacções mentais e geram estados emocionais distintos; possuem qualidades específicas e produzem efeitos diferenciados: calmantes, repousantes, apaziguadores, refrescantes, excitantes e irritantes; geram bem-estar, aumentam ou diminuem emoções e provocam alterações fisiológicas e psíquicas.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Bilião

Bilião é o termo usado para representar 10^12. Corresponde à designação de "milhão de milhões".
O significado da palavra bilião foi estabelecido através de convenção entre vários países, na Nona Conferência Geral de Pesos e Medidas (12-21 de Outubro de 1948), organizada pelo Bureau International des Poids et Mesures e na qual Portugal participou. A convenção resultou numa regra, chamada regra N, referida na portaria n.º 14 608, de 11 de Novembro de 1953, na portaria 17 052, de 4 de Março de 1959, e ainda a norma NP 405 do Instituto Português de Qualidade.

Segundo esta regra, em Portugal, a passagem de milhão (1 000 000) a bilião deverá fazer-se pelo acréscimo de 6 zeros (1 000 000 000 000), o que equivale a um milhão de milhões (e não a mil milhões: 1 000 000 000), e assim sucessivamente:
1 000 000 = milhão
1 000 000 000 000 = bilião
1 000 000 000 000 000 000 = trilião
1 000 000 000 000 000 000 000 000 = quadrilião
1 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 = quintilião
1 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 = sextilião
etc.

Esta disposição foi adoptada por todos os países europeus, mas não por países como o Brasil ou os Estados Unidos da América, o que resulta em divergências e ambiguidades quando há referência a dados que incluem grandes números, nomeadamente quando se trata de notícias provenientes destes países. Nessa norma, a passagem de milhão (1 000 000) a bilião deverá fazer-se pelo acréscimo de 3 zeros (1 000 000 000), o que equivale a mil milhões (e não a um milhão de milhões: 1 000 000 000 000), e assim sucessivamente:
1 000 000 = milhão
1 000 000 000 = bilião
1 000 000 000 000 = trilião
1 000 000 000 000 000 = quadrilião
etc.

Numa notícia de um jornal português que refira, por exemplo, um bilião de dólares, ficará a dúvida se se trata de $ 1 000 000 000 000, segundo a norma europeia, ou de $ 1 000 000 000, segundo a norma americana.

domingo, 15 de agosto de 2010

Justiça

"Se a maioria de nós desconfia de códigos empoeirados, exegéticos, complexos até ao absurdo, que os homens administram burocraticamente, também é verdade que persiste em nós a ideia peregrina, provavelmente ingénua, de que há uma justiça final, mais terrena ou mais divina, mais atempada ou mais de longo prazo, que seja capaz de repor, de compensar, as perdas e danos que a vida, as circunstâncias, as pessoas, ou o que for, nos vão provocando." Isabel Leal

sábado, 14 de agosto de 2010

Kate Ryan - Only If I



Arrependimento… Não tenho.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Suspensão

Quando a não produção de efeitos é temporária… Temos a suspensão…
É um momento em que nos invade a incerteza e a dúvida… Então hesitamos e dá-se uma pausa.
Mas o movimento, o devir, não se detém… É apenas um momento de trégua…

De facto, as suspensões dão-nos conforto nas nossas viagens pelo mundo.
Protege-nos dos solavancos das nossas vidas…
Permite-nos flutuar e ignorar o peso das nossas responsabilidades…

Mas são apenas temporárias, e logo voltamos a sentir as agruras da vida.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Extinção

“A longo prazo, todos estaremos mortos” (John Keynes) …
É a nossa realidade histórica, que tudo e todos teremos um fim…
Quando se deixa de produzir efeitos, quando se deu o total desaparecimento de algo, deu-se a sua extinção.

Ou assim pensamos… Não deixamos de desenterrar e imaginar como terá sido… Ficam nas recordações de quem permanece…
Há sempre um vestígio daquilo que foi.

Quando a extinção for total, significa que não haverá nada nem ninguém para recordar e desenterrar do passado…

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Listas

Para melhor visualização da informação registada, os dados são enumerados e organizados em listas…
Em listas de nomes, contactos… Listas de afazeres, de bens, de compras…

As listas não mais do que formas de organização, de auxiliares da memória…
Mesmo quando estas não estejam registadas num papel, mas guardada na própria memória.
Colocamos em lista os nossos planos, objectivos e metas… Colocamos a promessa de os concretizar… Criamos a expectativa de os realizar…
Por vezes, estabelecemos prazos e meios para os atingir…

Contudo, qualquer lista pode crescer e assistir a um aumento perpétuo de elementos…
Elementos que pretendemos riscá-los…
Mas entre os que entram e que saem… Quais sobrepor-se-ão?

terça-feira, 10 de agosto de 2010

A Velha Verdade


Algo que temo…

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Dados

São-nos cedidos e entregues quase sem ser questionado “Para quê?”… Se não temos nada a esconder ou a temer…
E produzimos todo o tipo de informação pretendidas… Sejam dados pessoais ou de empresa, dados estatísticos ou qualitativos, dados biométricos ou antropométricos…
E somos enterrados em mais informação do que aquela que somos capazes de tratar convenientemente…

Desta recolha de informações, conhecimentos e factos, sem muita demora, é acumulada em registos que não são mais do que depósitos de dados que servem de base para futura utilização e especulação…

Mas não serão os dados, apenas resultados aleatórios restritos ao tipo de informações, conhecimentos e factos que procurávamos, mediámos e observámos?!
Mas tornam-se na matéria-prima de pensamentos e reflexões… Futuros pedaços microscópicos de teorias e provas…

Azul

Melancolia e criatividade…

Temos a força do mar…
A grandeza do céu…
A beleza da lua…

sábado, 7 de agosto de 2010

Túnel

Assustador, claustrofóbico e um regresso a tempos em que o refúgio mais seguro eram as cavernas…

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Betão

O betão e as argamassas são utilizados como materiais de construção há milhares de
anos, sendo então produzidos pela mistura de argila ou argila margosa, areia, cascalho e água. Há registos de que os materiais eram, quando necessário, transportados a distâncias de centenas de quilómetros.
Nas antigas civilizações estes materiais eram utilizados essencialmente em pavimentos, paredes e suas fundações. Os Romanos exploraram as possibilidades deste material com mestria em diversas obras – casas, templos, pontes e aquedutos, muitos dos quais chegaram aos nossos dias e são exemplos do elevado nível atingido pelos construtores Romanos.
Há registos de que os Romanos fizeram tentativas para armarem o betão com cabos de bronze, experiências não bem sucedidas devido aos diferentes coeficientes de dilatação térmica do bronze e do betão.
Posteriormente e até ao século XVIII o betão tem uma utilização reduzida, quase exclusivamente limitada às fundações e ao interior de paredes de alvenaria.

É com o desenvolvimento da produção e estudo das propriedades do cimento (Smeaton em 1758, James Parker em 1976, Louis Vicat em 1818) que culminou com a aprovação da patente do cimento Portland (nome dado por a cor do cimentos ser parecida com a da rocha Portland) apresentada por Joseph Aspdin em Leeds em 1824 que se vai dar o grande desenvolvimento na aplicação do betão nas construções. Em 1885 concebem-se os fornos rotativos (Frederick Ransome) que permitiriam baixar substancialmente o preço do cimento.
Em Portugal a Industria do cimento inicia-se em 1894 com a fábrica de cimento Tejo em Alhandra.

As utilizações do betão ganham então nova dinâmica, não só em fundações como em pavimentos térreos e paredes, estas com uma textura concebida de forma a imitar a pedra.
O princípio do século XX é caracterizado por um desenvolvimento extraordinário na utilização e compreensão do funcionamento e possibilidades do betão armado. Esse desenvolvimento está associado à realização de numerosas patentes onde se indicam as bases de cálculo e as disposições de armaduras adoptadas para diversos elementos estruturais.
Entretanto, as potencialidades do betão armado são exploradas e aprofundadas pelos arquitectos, e inicia-se o uso do betão na arte da construção. Tendo em conta as raízes culturais no Portugal artesanal, na paisagem inspiradora, mas também na resposta aos desafios da mais alta tecnologia. Contudo, também surgem estruturas de ruptura…
Mas é um mundo de betão que queremos?! Ou será a Natureza o mais exímio arquitecto?!

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Trépido

Nunca fui arrojado com os meus actos…
Nunca cometi uma acção arriscada de modo imprudente…
Não sou temerário, pois não sou precipitando, nem coloco em perigo a mim nem aos outros…

Corajoso… Talvez… Por caminhar sobre telhados em dias de chuva sem protecções ou medidas de segurança… Audaz por subir por andaimes elevados, atravessar passadiços instáveis, caminhar por lama, submergir em água e visitar túneis…
Intrépido por explorar lugares desconhecidos…

Mas todas as situações de risco deixam-me agitado e inquieto…
Trémulo em relação ao desconhecido e ao que poderá acontecer…
Fico com o coração apressado e as mãos a tremer.
Trépido, mas sem medo de enfrentar o que vem a seguir…
Pois ser feliz é questão de persistência, de lutas diárias, de encantos e desencantos.