segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Ilusão

As relações entre pessoas, estabelecidas em termos de autonomia e paridade pressupõem um mínimo de confiança sem a qual não seriam possíveis; de confiança no outro, nas circunstâncias e nas aparências...
Também a nossa relação com o mundo que nos rodeia é baseada em aparências às quais depositamos confiança...

Se assim não fosse, haveria uma tal insegurança nas nossas vidas que necessariamente as viria a paralisar ou a dificultar extremamente. Seria necessário desconfiar de todas as aparências e investigar e comprovar exaustivamente todas as circunstâncias envolventes, todas as qualidades... Não podemos viver em terror... Confiamos...


Hoje, enquanto escutava atenciosamente às explicações e observava os brilhos dos minerais de duas pedras de basalto, as mãos fecharam e as pedras desfizeram-se em pedaços...

4 comentários:

João Mateus disse...

Ás vezes confiamos em demasia nas pessoas , entregamo-nos de corpo e alma , e por fazer-mos isso magoamo-nos , batemos com a cabeça na parede, mas aprendemos que não devemos confiar, eu continuo a confiar em demasia nas pessoas, eu sei, o erro é meu.

V. disse...

Essas pedras, em tempos, foram sólidas e inquebráveis.

Os agentes do tempo encarregaram-se de as fragilizar, mesmo sem estarem visivelmente expostas.

Era inevitável.

Há relações que fortalecem e solidificam ao longo do tempo e outras que, tal como esses basaltos, se degradam e, se aparentemente são sólidas, basta um segundo para se perceber o quão frágeis eram.

Cada vez gosto mais de ler os teus textos e cada vez tenhom ais dificuldade em dizer qualquer coisa.

:)

Bjokas

... disse...

Tenho de agradecer à thunderlady por me dar a conhecer o teu blogue.

Por cá andarei a espiar. Se quiseres dizer alguma coisa de jeito para variar no meu espaço, aparece.

Gi disse...

Seriam as pedras ilusões?