quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Ceptro

Em Portugal, ao contrário do que acontece em outros países, não se verifica na investidura dos monarcas uma larga alusão à entrega das insígnias. Estas, todavia, encontram-se bem documentadas nas descrições da aclamação.
A Idade Média, sob o aspecto de simbologia política, foi de uma exuberante variedade e riqueza. Países houve, contudo, que constituíram excepção neste capítulo. Portugal é disso exemplo. Os signos da soberania em Portugal - e nao apenas naquela época histórica - além de raros, nunca encerraram interpretações extremistas; mas nem por isso, uma curta análise, deixa de ser útil.


A espada ou estoque representava a vitória sobre os inimigos e simultaneamente a justiça punitiva.

O ceptro, como a coroa, tinha atrás de si larga tradição e constituia uma das insígnias mais representativas da realeza. Em Portugal, logo desde os primeiros tempos da monarquia, o ceptro pertence à simbólica do Estado. Segundo o Direito Canónico, o ceptro - imagem da rectidão - representava a Justiça.


O ceptro obteve em Portugal, como símbolo político-jurídico, importância só comparável à que lá fora logrou a coroa. A coroa, de facto, não foi usada pelos soberanos portugueses, embora tenha feito parte da nossa simbólica estatal e tivesse mesmo ficado indissoluvelmente ligada à iconografia régia.

Levantamento

( A Batalha de Ourique (25 de Julho de 1139) - origem mística de Portugal e aclamação de Afonso Henriques como rei e também a adopção dos cinco escudos como armas nacionais)

Em Portugal, a investidura régia fazia-se através de uma cerimónia muito menos complexa que a coroação – o levantamento.
Nos quadros da história das instituições políticas a designação que lhe cabe é a de “eleição”, expressão esta que não implica necessariamente uma eleição no sentido habitual, podendo ser antes a simples ratificação dos direitos do novo rei pela nação.
Conquanto o trono fosse hereditário, o nosso direito público conservava, como vestígio, do princípio consensual e como expressão do dualismo rei/nação, a instituição do levantamento.

Todavia só a sagração conferia o título e a dignidade de rei, assim também, entre nós, o novo rei estava de antemão designado mas necessitava, não obstante, ser aclamado.
Os partidários da teocracia, em defesa da supremacia do sacerdócio sobre o império, afirmavam que o ungido é inferior àquele que dá a unção.
Reagindo a tal modo de ver, os partidários da tese adversa contra-atacaram, negando que a unção fosse uma cerimónia essencial, isto é, possuísse um efeito constitutivo de realeza. O rei, segundo esta tese, tem o seu título unicamente da hereditariedade, ou da eleição; é rei desde a morte do seu predecessor ou desde que os eleitores qualificados o elegeram; as piedosas solenidades que se desenrolam depois não têm outro objecto senão orná-lo de uma consagração religiosa, venerável, mas que não são indispensáveis.
Em Portugal, onde os reis não foram ungidos e coroados, nenhuma das doutrinas referidas teve campo favorável à sua disseminação.

De todos os actos da elevação, talvez o mais importante seja o juramento régio, isto é, o juramento pelo qual o rei promete “guardar os foros, usos e costumes do reino, governar os povos bem e direitamente e ministrar-lhes justiça”.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Maratona

Devido a guerras antigas, nas planícies de Maratona, na Grécia, conta-se que um soldado, e também atleta, terá percorrido enormes distâncias a pé, em passo de corrida, em busca de auxílio e reforços para combater os inimigos do seu povo.
E após a batalha, em que terá participado, foi-lhe incumbido a tarefa que lhe terá sido mortal devido ao excesso de esforço. Nessa última missão, o corredor Filípides percorreu cerca de 42 quilómetros que separam o local da batalha da cidade de Atenas.

Esta última, longa, dura e penosa tarefa tornou-se o símbolo da mais desgastante e emocionante prova dos Jogos Olímpicos: uma prova de corrida de 42 195 metros – a Maratona…
Mas também é símbolo da capacidade e resiliência do espírito humano perante qualquer adversidade que surja ou cria…

Primeiro de Dezembro, Primeira Maratona de Step…
Lá estarei… Como participante…

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Rádio Macau - O Anzol


Não há nada de novo aqui…

domingo, 28 de novembro de 2010

Educar

Não restam dúvidas de que hoje há insegurança sobre a educação dos filhos. Existem teses e teorias diversas, que apontam direções, muitas vezes opostas, e que criam um dilema para os pais:
- Como educar? Qual é o caminho correcto?
Uma coisa parece ser certa: as atitudes firmes e coerentes são fundamentais na educação dos filhos.
Limites, regras e vida em sociedade.
Por mais que lhe custe ouvir falar deste assunto, não se esqueça que os
limites e as punições são uma constante nas nossas vidas. Por exemplo: um motorista que segue acima do limite máximo de velocidade permitido, será multado, ou seja, punido.
Viver em sociedade significa obedecer as regras. Muitas vezes não percebemos, mas estamos constantemente a respeitar e a definir limites. Não seria possível viver colectivamente sem eles. Por isso, a criança precisa aprender desde cedo como comportar-se em grupo.
Naturalmente que é dever dos pais atender os pedidos dos filhos, mas sempre dentro de determinados limites impostos pela sociedade e pela educação dos próprios progenitores. É preciso saber dizer não, de uma forma positiva e coerente, caso contrário vamos estar interferindo no desenvolvimento correcto da criança.
Saber dizer "não".

Dizer "não" a uma criança é uma atitude, dentro do processo educativo, necessário e saudável. A criança precisa compreender que existem regras, que tudo tem um momento certo e que há horas para brincar, para dormir, estudar etc. Quando a criança tem liberdade total, tem dificuldade em apreender e aceitar regras e limites.
A falta de firmeza dos pais leva a criança a impor a sua vontade. Então, é ela que determina o que vai comer, o que vai vestir, que programa assistir na televisão, como deve ser mobilado seu quarto, etc. Habituados a impor a sua vontade, a criança e o adolescente não aceitam ser contrariados.
Dizer "não" a uma criança, no momento certo, não é prejudicial. Muito pelo contrário. Esta pequena palavra é necessária, uma vez que a criança está construindo a sua concepção do mundo. A criança precisa de conhecer os limites, saber distinguir aquilo que pode ou não ser feito, para conseguir viver em sociedade.

Ao contrário do que muitos pais pensam, a criança é capaz de entender um "não". A recusa não gera traumas, mas tem que ter uma razão e coerência.
Ao proferir a negação, o adulto mostra que se preocupa com a criança, e, para ela, isto vale muito mais do que muitos brinquedos ou a realização de todas as suas vontades. Ela poderá chorar ou "fazer birra", mas isso faz parte da sua socialização.
Assim, o adulto deve pensar no bem da criança quando tiver diante de si uma situação em que precise negar. Pode ser um pouco difícil dizer não, mas é preferível ver uma cara triste por apenas alguns momentos, do que testemunhar problemas mais graves que poderão fazer a criança sofrer mais tarde.

sábado, 27 de novembro de 2010

Agradeço

É sempre de bom tom agradecer… Mesmo por aquilo a que os outros se encontravam obrigados a efectuar…
Agradecer é um acto de gentileza e de apreciação… Um incentivo para não banalizar os actos… Por isso…

Agradeço por nunca estarmos realmente sós. De sempre haver um ombro que nos apoia e acolhe com carinho.
Há sempre alguém com palavras de ânimo e conforto…

Também agradeço por estar vivo e bem de saúde, e ter os meios para manter-me assim… E não choro apenas quando me faltam…
É certo que tenho vivido por muitos momentos difíceis… Mas agradeço a paciência e a perseverança daqueles que mantêm por perto…

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Fatalista

Não houve um passado, não há um presente, não haverá um futuro.
O que me resta? Desejos irrealizáveis, sonhos desfeitos…
As possibilidades que não acontecerão, por motivos que desconheço…
Porque devo agarrar-me a circunstâncias que a nada conduzem…
A palavras ocas e vazias de intenção…

Fatalista? Sim!...
Todos os nossos actos têm uma consequência. Mas nem sempre a desejada ou pretendida.
E comigo a pretendida é a que não acontece.

Deverei deixar de criar expectativas e viver em ansiedade?

Fatalismo

Uma das características dos seres humanos é que somente somos capazes de distanciarmo-nos frente ao mundo que nos rodeia para objectivá-lo e com isso, agir sobre a realidade.
Mas quando as oportunidades de vida são estreitas, a realidade social torna-se parte da natureza. "Cada objecto tem seu próprio ciclo pré-determinado, e as únicas são aquelas impostas pelas demandas mínimas de evolução. As coisas são como são, como foram ontem e, assim, serão amanhã" (Martín-Baró).

Ao considerar a vida como predefinida, há um sentimento de resignação ao próprio destino. Conformamo-nos e submetemo-nos a esse destino…
Ao considerar que toda e qualquer acção sobre a realidade, não são capazes de alterar o destino, então deixamo-nos de afectar e emocionar pelos sucessos dos nossos caminhos. A tendência é para baixar os braços e não fazer nenhum esforço…
É um Deus distante e todo-poderoso ou Parcas que decidem o destino de cada pessoa… Aceitamos todo o sofrimento sem questionar ou agir… Vivemos sem memória do passado e sem planear o futuro…

Somos nós, a cada momento, em todos os lugares, que criamos o destino de cada um… Nem tudo se encontra predefinido e podemos agir sobre tudo…

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Gladíolos

O gladíolo é uma das mais belas flores que podemos encontrar. Seu colorido e plasticidade da cascada que formam as suas flores, tornam-no ideal para a criação de ramos de flores e arranjos florais que irão enriquecer a sua casa, e não só…

Seu nome provem do latim "gladius" que significa espada, por causa de suas folhas pontiagudas, espessas e resistentes.
Na Roma antiga, era costume oferecer gladíolos aos gladiadores como símbolo de vitória. No mundo encontramos mais de 180 variedades nativas dessa planta espalhados por África, Europa, Médio Oriente e algumas zonas da Ásia.

Não obstante a variedade, eram brancos como a pedra por detrás…

domingo, 31 de outubro de 2010

The Corrs - What Can I Do


Não sei o que estarei a fazer de errado…
Que posso eu fazer…

sábado, 16 de outubro de 2010

Falácias

Uma falácia é um argumento incorrecto que tenta induzir esse erro de raciocínio. Não é uma mera afirmação falsa, nem uma opinião da qual discordamos, nem uma explicação mal dada ou uma omissão de factos. Tudo isso pode conduzir a falácias, se induzir inferências inválidas, mas não é falacioso por si só. Não é falácia torcer por este ou aquele clube desportivo, dizer que não chove quando está a chover ou explicar que não se pode apresentar o trabalho porque o cão o comeu. Nem sequer é falácia partir de falsas premissas. “É melhor ir de Metro porque está a chover elefantes” é uma inferência válida, apesar da razão apresentada não ser aceitável em condições normais.

As falácias podem enganar invocando pressões psicológicas, como anseios, repulsas, ou desejos, que levem a uma conclusão injustificada. Mas, normalmente, uma análise minimamente atenta do argumento é protecção suficiente contra tal artifício. É relativamente simples perceber que não se deve concordar com um argumento se a única justificação é que quem discorda “não é homem, não é nada”. Mais perigosas são as falácias que enganam porque seguem a mesma estrutura de algumas formas de argumentação válida.

Uma falácia é um erro específico de raciocínio, e não um mero problema nos factos, explicações ou opiniões. É uma inferência incorrecta que visa induzir em erro, e que o pode fazer omitindo deliberadamente dados relevantes, imitando argumentos válidos em circunstâncias em que não o sejam ou apelando a emoções, preconceitos, medos e desejos para conduzir a uma conclusão por outros caminhos que não o da persuasão racional. A forma de identificar uma falácia é encontrando os elementos do argumento que, normalmente de forma dissimulada, servem para dar uma aparência de justificação a uma inferência inválida.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Tata





Tata
(romeno)
1. Pai.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Fogão

Desde que experimentei cozinhar num fogão de vitroceramica que me tornei um fã. Mais eficiente, eficaz e limpo… Adorei.
E quando o meu velho fogão a gás apresentou ter uma fuga de gás, decidi logo substitui-lo por um fogão de vitroceramica.
Esta peça de móvel, é de facto o objecto central de uma cozinha. Pois enquanto espero pela entrega, encontro-me muito limitado ao que posso preparar. E já agora deixo umas simples dicas…

Mantenha as panelas no centro da chama.
Quando estiver a cozinhar, fique atento para que as panelas estejam bem no centro das chamas. Quando as labaredas sobem pela lateral da panela parte do calor é perdido, fazendo com que a comida demore mais de cozinhar e você gaste mais energia.
Ainda existe o risco de queimar parte da comida ou presenciar um acidente, já que quando mal posicionada, a panela fica mais propensa a cair do fogão. Por isso, posicione correctamente a panela e evite esses riscos.

Tampe suas panelas enquanto cozinha.
Parece obvia, não é? E é mesmo! Ao tampar as panelas enquanto cozinha você aproveita o calor que simplesmente se perderia no ar. Com isso você economiza gás e ainda garante que seu almoço ficará pronto mais cedo.
Outra boa ideia é cozinhar na panela de pressão. Acredite, dá para fazer de tudo ali: feijão, arroz, macarrão, carne, peixe etc. É muito mais rápido e você pode economizar até 70% de energia.

Cozinhar

Preparar a comida de que se serve de base a nossa alimentação, é daquelas actividades incontornáveis das nossas vidas…
Mas também é uma actividade que exige paciência, alguma dedicação e criatividade…
Dependendo do que se prepara, pode demorar mais ou menos tempo, ser mais ou menos difícil de fazer… E se somos suficientemente esquisitos, reparamos que o mesmo prato nunca fica igual…

Seguir uma receita pode ser o modo mais fácil, mas pode faltar este ou aquele ingrediente… Correr à loja, buscar o que falta nem sempre é a melhor opção… E podemos ter curiosidade em adicionar um ou outro ingrediente que temos à mão. Só para saber como fica…
É uma arte, mas também uma ciência que se baseia em experimentação e erro, até à descoberta da receita ideal.
E a criatividade não fica pelos ingredientes utilizados, mas também no modo como apresentamos os alimentos preparados.

Gosto de cozinhar, mas não deixo de ficar um tanto frustrado quando fico enfiado numa cozinha durante horas, e o cozinhado é devorado em minutos…

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Respublica

Entidade integradora supra regna, onde, de um lado, estão aqueles que podemos qualificar como os projectistas da paz universal, herdeiros dos defensores da monarquia papal universal e antecessores dos chamados mundialistas, e, do outro, os defensores do Império, da instauração de uma monarquia universal pelo imperador.
Se os primeiros apenas advogam o recurso a meras instituições do antigo direito das gentes, utilizando o método clássico da arbitragem ou o recurso a associações de unidades políticas autónomas, destinadas a proibir o recurso à força, já os segundos apostam na criação de uma autoridade temporal superior às unidades políticas particulares.

Os projectistas da paz são assim herdeiros da unificação promovida pela Igreja na res publica christiana, geradora de um direito das gentes cristão que, segundo Truyol Serra, introduziu três importantes novidades: primeiro, quando veio adoçar e limitar o direito de guerra, tanto pela difusão do ideal da cavalaria, como pelo estabelecimento de instituições como a paz de Deus e a trégua de Deus que, ou impediam actos de guerra em certos dias, ou punham ao abrigo da guerra certos grupos da população; segundo, quando instituiu a arbitragem, uma instituição diversa da simples mediação, dado que o árbitro já tinha de cingir-se ao direito, enquanto o mediador podia actuar conforme a equidade, e fez do papado uma instância arbitral permanente; terceiro, quando, promoveu a reunião de concílios, participados por eclesiásticos e leigos, que não se limitavam apenas à discussão de questões teológicas e que também promoviam arbitragens .

Utilizando uma linguagem actual, diremos que os primeiros apenas defendem um fenómeno de organização internacional, apenas susceptível de actuar inter-estadualmente, enquanto os segundos já advogam a integração internacional, de carácter transnacional.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Devolução

Quando adquirimos algo, temos o direito e o dever de verificar, antes de o aceitar, para constatar que se encontra nas condições convencionadas e sem vícios.
O resultado da verificação deve ser prontamente comunicada, pois, a falta de verificação ou da sua comunicação importa a aceitação. E se tem algum defeito, obtemos o direito de exigir a eliminação dos defeitos, através por exemplo de troca, ou exigir uma redução do preço, ou até mesmo a resolução do contrato com a consequente devolução do preço.

Então a verificação deve ser feita dentro do prazo usual.
Num produto adquirido numa loja, até 15 dias. Num produto entregue no local escolhido, no momento da entrega. Num produto adquirido através do comércio electrónico, até 30 dias. Ou noutro prazo convencionado pelas partes…
Mas na ausência de defeito… É devolvido à procedência…

De qualquer modo, devolver porque desistimos da compra ou nos arrependemos da compra efectuada, dependerá da boa vontade da outra parte…

domingo, 3 de outubro de 2010

sábado, 2 de outubro de 2010

Naturismo

"Se fosse a vontade de Deus que nós vivêssemos nus, teríamos nascido assim." (Mark Twain).

O naturismo é uma forma de vida em harmonia com a natureza traduzida na prática da nudez colectiva, no propósito de favorecer o respeito por si mesmo, pelos outros e pelo meio ambiente.
É, portanto, um conjunto de princípios éticos e comportamentais que preconizam um modo de vida baseado no retorno à natureza como a melhor maneira de viver e defendendo a vida ao ar livre, o consumo de alimentos naturais e a prática do nudismo, entre outras atitudes.

É claro, que quando a temperatura arrefece, vestir mais uma camisola invés de ligar o aquecimento, curiosamente significa respeitar a natureza ao evitar aumentar o consumo dos recursos do nosso planeta…
Portanto, apesar de o naturismo fomentar a prática de nudismo, são conceitos diferentes. Pois o objectivo do naturismo é promover a aceitação de nossos próprios corpos, enquanto o do nudismo é contrariar a nossa natureza de querermos vestir…

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Misantropia

Eu expresso uma antipatia geral para com a humanidade e a sociedade, mas possuo relações normais com indivíduos específicos (familiares, amigos, companheiros, por exemplo). A minha misantropia é motivada por sentimentos de isolamento e alienação social, e também, simplesmente, pelo meu desprezo pelas características prevalecentes da humanidade/sociedade.

A misantropia não implica necessariamente uma atitude bizarra em relação à humanidade. Um misantropo não vive afastado do mundo, apenas é reservado (introvertido/tímido fundamentalmente) e, é precisamente por este facto que é habitual serem poucos os meus amigos ou pessoas que estabeleçam um vínculo afectivo comigo. Olho para todas as pessoas com desconfiança, e é frequente serem feitos "juízos de cálculo" de cada um que se aproxime, embora muitas vezes não o demonstre. Não gosto de grande agitação ao meu redor, pois não me sinto confortável diante de muita gente, preferindo ficar por casa a sair para locais de diversão.

Não desprezo, nem transgrido as normas da sociedade. Mas, tendo a ser bastante sarcástico/irónico nas observações que faço.
Podem ocorrer frequentes mudanças de humor: ora feliz, ora melancólico, o termómetro do estado de espírito fica descontrolado, oscilando constantemente. Normalmente sou perfeccionista no que gosto de fazer e no que me comprometo a fazer.
Apesar da antipatia, não deixo de procurar inter-agir com os outros…

sábado, 4 de setembro de 2010

Gambozinos

O meu choque e estupefacção
Sempre considerei que os gambozinos seriam seres míticos e imaginários do folclore tradicional, com a intenção de enganar e troçar dos mais incautos e ingénuos.

A verdade é que existem?! No Departamento de Zoologia e Antropologia da Faculdade de Ciências é possível encontrar um aquário com gambozinos. "São peixes que foram introduzidos em Portugal para destruir larvas de mosquitos. Mas agora estão a surgir problemas, porque deixou de ser uma espécie remediadora, e passou a ser uma espécie destruidora que anda a destruir outros ecossistemas" (João Carneiro).
O nome original do peixe, de facto, não é gambozino. O nome surgiu por associação à denominação em latim Gambusia Holbrooki.

A gambúsia é muitas vezes confundida com o mítico gambozino. Vocábulos semelhantes estão na origem de tal confusão. Contudo, se a gambúsia é uma invasora que dificilmente se vai conseguir erradicar, o gambozino, por mais que seja procurado, nunca é encontrado. "Gambozinos ao saco!" é uma expressão que quase todos já ouviram. No entanto, não há registos de quem já os tenha visto. Para além do nome, os gambozinos em nada estão relacionados com a gambúsia.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

The Script - Live Like We're Dying


Viver como se não houvesse amanhã

86 400

A quantidade de segundos que temos num dia… A quantidade de tiques que um relógio deverá dar durante um dia…

E depois perguntam-nos como os vamos gastar… Pois eu digo, que muitos deles vou gastá-los a dormir… Outros a sonhar… E outros a mudar o mundo para sempre…
Simplesmente, porque eu posso.


Afinal, não há melhor invenção mais moderna, que o dia de amanhã…

sábado, 28 de agosto de 2010

Figos

(Imagem de Acis Menezes)

Sobre a relatividade advertiu Xenófanes que: "Se Deus não tivesse feito o dourado mel, muito mais doces diriam [os homens] são os figos" (Frag. 38, em Herodiano Gramático, Sobre particularidades da linguagem, 41,5).

A figueira-comum trata-se de uma das primeiras plantas a ser cultivada pelo homem, para a obtenção dos seus figos… Pois, nem todas as figueiras produzem figos que possamos comer… E existem mais de mil espécies de figueiras.
É com as suas folhas que Adão, ao ter consciência da vergonha repara que está nu, e se tapa com as suas folhas…

Mas o que mais me surpreendeu foi dar alguns figos a provar a quem, no seu país não há figos e desconhecia a existência de tal alimento… Não posso dizer fruto, porque o figo, cientificamente falando, não se trata de uma fruta… E após advertir o que se come e não, deixei-o provar… E as expressões de maravilhado e satisfação rapidamente surgiram no seu rosto…
De facto, se é delicioso, chamamos-lhe um figo…

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Futilidades

A futilidade irrita a muitos de nós… E porquê?
Valorizamos a inteligência, a cultura e o conhecimento… Valorizamos os actos nobres como a caridade, a coragem e a misericórdia…
Mas são esses actos e essas características que constituem o nosso quotidiano?

Porque perguntamos, principalmente a familiares e amigos: “o que estás a fazer?”?
Mesmo que a resposta esperada seja tão simples como: “estou a cozinhar” ou “a arrumar o quarto”. A pergunta não deixa de ser interessante e importante para todos nós… Porque faz sentirmo-nos em contacto com aqueles que amamos como se fizéssemos parte das suas vidas…
Não são essas actividades pormenores do que somos… Aspectos insignificantes que constroem a nossa personalidade…
Não são os nossos pequenos prazeres e pecados, frivolidades? Que nos fornecem contentamento… Características da nossa pessoa, os nossos gostos…

Vão… Sem valor… Vazio… Mas as nossas vidas encontram-se plenas de futilidades que dizem o que somos… São as futilidades que partilhamos com os outros, que nos mantêm ligados e criam a sensação de pertença.
O que é fútil dá sentido às nossas vidas…

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Dossier

Dossier é uma colecção de documentos ou um pequeno arquivo que contém papéis relativos a determinado assunto, processo, empresa ou pessoa.
Um dossier geralmente contém uma biografia ou informações detalhadas para análise sobre um interesse em especial. Geralmente aberto para consulta.

Antes de iniciar um dossier, escolhe-se um caminho claro que deve seguir.
No final do documento, se prosseguir, e com base na informação recolhida, tira-se conclusões, que indicam se o objecto de análise de determinado tema foi ou não alcançado.

De muitas formas e cores, prefiro os mais formais. Iguais uns aos outros, lanço aos documentos recolhidos o conceito de que são todos iguais e importantes, pois todos contribuem para o meu conhecimento.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Cor

Cor é luz daí sua ligação íntima com a luz solar. Sem luz não há cor. As cores interferem em todos os campos de nossas vidas. Somos luz que vibra na mais baixa intensidade criando as condições exactas para que surja o corpo físico. As cores nos colocam em "contacto" com o mundo exterior, sendo assim, sentimos o mundo através da pele, nosso maior órgão dos sentidos, necessitamos desse "contacto" com o mundo exterior para obtermos uma melhor qualidade de vida. Para muitas patologias podemos usufruir dessa interferência natural.

As cores estão presentes em várias situações das nossas vidas: nos alimentos que ingerimos, nas roupas que vestimos, no ambiente familiar e no trabalho. Na natureza, atingem o seu maior destaque, com o brilho da Primavera e a luminosidade do Outono. A presença das cores é sinal de alegria, descontracção, saúde física e emocional. O uso das cores para o tratamento físico é conhecido como cromoterapia. Baseia-se nas propriedades terapêuticas de cada uma das sete cores do arco-íris. A importância das cores em interiores e sua influência em nossas vidas tornam-se evidentes quando lembramos que, em média, passamos cerca de dois terços do nosso tempo em ambientes internos. A cor é um dos principais factores determinantes da forma como nos relacionamos com nosso ambiente e o que ele nos transmite.

As cores, além de acrescentar à estética de tudo que no mundo que criamos, servem também para interferir, em nosso favor, no equilíbrio, contra o ataque de diversos males que atingem o corpo humano. Estamos todo o tempo susceptíveis às mais diversas frequências vibratórias da luz, que produzem reacções mentais e geram estados emocionais distintos; possuem qualidades específicas e produzem efeitos diferenciados: calmantes, repousantes, apaziguadores, refrescantes, excitantes e irritantes; geram bem-estar, aumentam ou diminuem emoções e provocam alterações fisiológicas e psíquicas.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Bilião

Bilião é o termo usado para representar 10^12. Corresponde à designação de "milhão de milhões".
O significado da palavra bilião foi estabelecido através de convenção entre vários países, na Nona Conferência Geral de Pesos e Medidas (12-21 de Outubro de 1948), organizada pelo Bureau International des Poids et Mesures e na qual Portugal participou. A convenção resultou numa regra, chamada regra N, referida na portaria n.º 14 608, de 11 de Novembro de 1953, na portaria 17 052, de 4 de Março de 1959, e ainda a norma NP 405 do Instituto Português de Qualidade.

Segundo esta regra, em Portugal, a passagem de milhão (1 000 000) a bilião deverá fazer-se pelo acréscimo de 6 zeros (1 000 000 000 000), o que equivale a um milhão de milhões (e não a mil milhões: 1 000 000 000), e assim sucessivamente:
1 000 000 = milhão
1 000 000 000 000 = bilião
1 000 000 000 000 000 000 = trilião
1 000 000 000 000 000 000 000 000 = quadrilião
1 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 = quintilião
1 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 = sextilião
etc.

Esta disposição foi adoptada por todos os países europeus, mas não por países como o Brasil ou os Estados Unidos da América, o que resulta em divergências e ambiguidades quando há referência a dados que incluem grandes números, nomeadamente quando se trata de notícias provenientes destes países. Nessa norma, a passagem de milhão (1 000 000) a bilião deverá fazer-se pelo acréscimo de 3 zeros (1 000 000 000), o que equivale a mil milhões (e não a um milhão de milhões: 1 000 000 000 000), e assim sucessivamente:
1 000 000 = milhão
1 000 000 000 = bilião
1 000 000 000 000 = trilião
1 000 000 000 000 000 = quadrilião
etc.

Numa notícia de um jornal português que refira, por exemplo, um bilião de dólares, ficará a dúvida se se trata de $ 1 000 000 000 000, segundo a norma europeia, ou de $ 1 000 000 000, segundo a norma americana.

domingo, 15 de agosto de 2010

Justiça

"Se a maioria de nós desconfia de códigos empoeirados, exegéticos, complexos até ao absurdo, que os homens administram burocraticamente, também é verdade que persiste em nós a ideia peregrina, provavelmente ingénua, de que há uma justiça final, mais terrena ou mais divina, mais atempada ou mais de longo prazo, que seja capaz de repor, de compensar, as perdas e danos que a vida, as circunstâncias, as pessoas, ou o que for, nos vão provocando." Isabel Leal

sábado, 14 de agosto de 2010

Kate Ryan - Only If I



Arrependimento… Não tenho.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Suspensão

Quando a não produção de efeitos é temporária… Temos a suspensão…
É um momento em que nos invade a incerteza e a dúvida… Então hesitamos e dá-se uma pausa.
Mas o movimento, o devir, não se detém… É apenas um momento de trégua…

De facto, as suspensões dão-nos conforto nas nossas viagens pelo mundo.
Protege-nos dos solavancos das nossas vidas…
Permite-nos flutuar e ignorar o peso das nossas responsabilidades…

Mas são apenas temporárias, e logo voltamos a sentir as agruras da vida.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Extinção

“A longo prazo, todos estaremos mortos” (John Keynes) …
É a nossa realidade histórica, que tudo e todos teremos um fim…
Quando se deixa de produzir efeitos, quando se deu o total desaparecimento de algo, deu-se a sua extinção.

Ou assim pensamos… Não deixamos de desenterrar e imaginar como terá sido… Ficam nas recordações de quem permanece…
Há sempre um vestígio daquilo que foi.

Quando a extinção for total, significa que não haverá nada nem ninguém para recordar e desenterrar do passado…

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Listas

Para melhor visualização da informação registada, os dados são enumerados e organizados em listas…
Em listas de nomes, contactos… Listas de afazeres, de bens, de compras…

As listas não mais do que formas de organização, de auxiliares da memória…
Mesmo quando estas não estejam registadas num papel, mas guardada na própria memória.
Colocamos em lista os nossos planos, objectivos e metas… Colocamos a promessa de os concretizar… Criamos a expectativa de os realizar…
Por vezes, estabelecemos prazos e meios para os atingir…

Contudo, qualquer lista pode crescer e assistir a um aumento perpétuo de elementos…
Elementos que pretendemos riscá-los…
Mas entre os que entram e que saem… Quais sobrepor-se-ão?

terça-feira, 10 de agosto de 2010

A Velha Verdade


Algo que temo…

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Dados

São-nos cedidos e entregues quase sem ser questionado “Para quê?”… Se não temos nada a esconder ou a temer…
E produzimos todo o tipo de informação pretendidas… Sejam dados pessoais ou de empresa, dados estatísticos ou qualitativos, dados biométricos ou antropométricos…
E somos enterrados em mais informação do que aquela que somos capazes de tratar convenientemente…

Desta recolha de informações, conhecimentos e factos, sem muita demora, é acumulada em registos que não são mais do que depósitos de dados que servem de base para futura utilização e especulação…

Mas não serão os dados, apenas resultados aleatórios restritos ao tipo de informações, conhecimentos e factos que procurávamos, mediámos e observámos?!
Mas tornam-se na matéria-prima de pensamentos e reflexões… Futuros pedaços microscópicos de teorias e provas…

Azul

Melancolia e criatividade…

Temos a força do mar…
A grandeza do céu…
A beleza da lua…

sábado, 7 de agosto de 2010

Túnel

Assustador, claustrofóbico e um regresso a tempos em que o refúgio mais seguro eram as cavernas…

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Betão

O betão e as argamassas são utilizados como materiais de construção há milhares de
anos, sendo então produzidos pela mistura de argila ou argila margosa, areia, cascalho e água. Há registos de que os materiais eram, quando necessário, transportados a distâncias de centenas de quilómetros.
Nas antigas civilizações estes materiais eram utilizados essencialmente em pavimentos, paredes e suas fundações. Os Romanos exploraram as possibilidades deste material com mestria em diversas obras – casas, templos, pontes e aquedutos, muitos dos quais chegaram aos nossos dias e são exemplos do elevado nível atingido pelos construtores Romanos.
Há registos de que os Romanos fizeram tentativas para armarem o betão com cabos de bronze, experiências não bem sucedidas devido aos diferentes coeficientes de dilatação térmica do bronze e do betão.
Posteriormente e até ao século XVIII o betão tem uma utilização reduzida, quase exclusivamente limitada às fundações e ao interior de paredes de alvenaria.

É com o desenvolvimento da produção e estudo das propriedades do cimento (Smeaton em 1758, James Parker em 1976, Louis Vicat em 1818) que culminou com a aprovação da patente do cimento Portland (nome dado por a cor do cimentos ser parecida com a da rocha Portland) apresentada por Joseph Aspdin em Leeds em 1824 que se vai dar o grande desenvolvimento na aplicação do betão nas construções. Em 1885 concebem-se os fornos rotativos (Frederick Ransome) que permitiriam baixar substancialmente o preço do cimento.
Em Portugal a Industria do cimento inicia-se em 1894 com a fábrica de cimento Tejo em Alhandra.

As utilizações do betão ganham então nova dinâmica, não só em fundações como em pavimentos térreos e paredes, estas com uma textura concebida de forma a imitar a pedra.
O princípio do século XX é caracterizado por um desenvolvimento extraordinário na utilização e compreensão do funcionamento e possibilidades do betão armado. Esse desenvolvimento está associado à realização de numerosas patentes onde se indicam as bases de cálculo e as disposições de armaduras adoptadas para diversos elementos estruturais.
Entretanto, as potencialidades do betão armado são exploradas e aprofundadas pelos arquitectos, e inicia-se o uso do betão na arte da construção. Tendo em conta as raízes culturais no Portugal artesanal, na paisagem inspiradora, mas também na resposta aos desafios da mais alta tecnologia. Contudo, também surgem estruturas de ruptura…
Mas é um mundo de betão que queremos?! Ou será a Natureza o mais exímio arquitecto?!

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Trépido

Nunca fui arrojado com os meus actos…
Nunca cometi uma acção arriscada de modo imprudente…
Não sou temerário, pois não sou precipitando, nem coloco em perigo a mim nem aos outros…

Corajoso… Talvez… Por caminhar sobre telhados em dias de chuva sem protecções ou medidas de segurança… Audaz por subir por andaimes elevados, atravessar passadiços instáveis, caminhar por lama, submergir em água e visitar túneis…
Intrépido por explorar lugares desconhecidos…

Mas todas as situações de risco deixam-me agitado e inquieto…
Trémulo em relação ao desconhecido e ao que poderá acontecer…
Fico com o coração apressado e as mãos a tremer.
Trépido, mas sem medo de enfrentar o que vem a seguir…
Pois ser feliz é questão de persistência, de lutas diárias, de encantos e desencantos.

sábado, 17 de julho de 2010

Contacto

O contacto físico transmite uma relação consciente ou inconsciente e pode desencadear alterações metabólicas e químicas no corpo, as quais ajudam a equilibrar. A estimulação táctil e as emoções podem controlar e aliviar a dor e assim nos proporciona uma sensação de alívio e bem-estar. O contacto físico é uma necessidade biológica. E qualquer problema de saúde se atenua bastante sob a acção do contacto físico, que induz a um estado emocional positivo que por sua vez, ajuda o corpo em seu processo de auto-regulação. Por meio do contacto físico, pode-se instigar à motivação para diminuir o medo, a frustração e a sensação de desamparo. Infelizmente, nossa cultura impõe limites rígidos a nosso comportamento nesse aspecto. O contacto físico funciona bem, quando empregado com a mesma sensibilidade e cautela observadas nos outros métodos terapêuticos.

Como o homem interage com a natureza e o mundo que o rodeia à sua volta através dos seus "sentidos", o que o coloca em "contacto" com o mundo exterior, ao observarmos a Natureza e o Sol podemos dizer que sentimos as cores, que nos chegam primeiramente pela visão. Interessante observar a importância das cores porque só então percebemos: como seria imaginar o mundo em branco e preto?


Ao observarmos a natureza sentimos toda a sua harmonia e equilíbrio na sua condição de possibilitar a vida para todos os seres vivos: os animais, os vegetais e os seres humanos. A associação da natureza (harmonia+ equilíbrio) com o Sol (calor, luz e energia), nos é vital permitindo que tenhamos as condições ideais para que o nosso organismo desempenhe plenamente as suas funções. Existe uma interacção constante entre a natureza, o homem e o sol criando um elo importante.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Toque

O toque é o mais antigo dos sentidos conhecidos na visão evolutiva, antes não se fazia a interação dos cinco sentidos, nem a integração psico/física. O mundo é conhecido através dessa percepção inata que nos permite adquirir aos poucos a consciência do que nos rodeia, o conhecimento vai se fazendo pelo toque, o sentir e o armazenar pela nossa capacidade de percepção e de memória. A expressão: "Estar com os pés no chão" traduz uma relação podo-cefálica que tem importância na concentração e no equilíbrio, envolvendo concentração e consciência da proximidade de eventos e a sua capacitação.

Assim, desde antes do nascimento, ainda no ventre materno já podemos sentir o nosso Universo, através das sensações que nos são passadas pela nossa mãe através da sua pele, do seu toque carinhoso, da sua conversa e de seus batimentos cardíacos, o mundo nos é apresentado de uma forma diferente com a segurança, o conforto, o calor, o afecto que através dela sentimos. Protecção esta que desaparece a partir do nascimento. Há então uma ruptura com tudo aquilo que nos era conhecido, há um desequilíbrio, uma desarmonia. Passamos então a sentir o mundo através de nossas próprias sensações. De repente, todo aquele aconchego, protecção, aquela voz conhecida se confundem num Universo muito maior e desconhecido. Começa então uma nova etapa, um novo desbravamento, novas experiências que se darão pelo nosso "contacto" com o mundo, a pele então será o nosso maior aliado, nos fará sentir frio, calor, dor e estímulos tácteis. Será o nosso intermediário, com ela aprenderemos a nos conhecer.

O toque será então o nosso sentir, ao recebê-lo estamos sempre aprendendo, recebendo afecto, segurança, protecção, conforto, carinho, aconchego, amor, dedicação, afeição, confiança, estabelecendo vínculos, fazendo uma conexão com o passado. Ao nos sentimos mais amados, mais ligados formamos uma maior consciência corporal e psíquica, um maior equilíbrio emocional. Resgatando o que perdemos com a ruptura do nascimento.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Indicações

Os simples conselhos, recomendações ou informações não responsabilizam quem os dá, ainda que haja negligência da sua parte.
Quando alguém nos pede por direcções, não existe uma obrigação de dar a essa pessoa o caminho correcto a seguir… Mas diligentemente, procuramos transmitir e advertir sobre o caminho a tomar.

Mas somos responsabilizados se assumirmos os danos que um mau conselho, recomendação falsa ou informação errada possa ter causado… Ou se havia um dever de dar conselho, recomendação ou informação… Ou quando a nossa actuação constitua um crime…

Levemente, esboçamos um croqui do caminho a tomar… E aos poucos revelamos o melhor caminho a tomar, mencionando uma ou outra característica a ter em conta…
Mostrando a rota a seguir e, no fim, o destino…

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Owl City - Vanilla Twilight


I wish you were here…

terça-feira, 13 de julho de 2010

Limites

Não tenho limites!
Ou assim gostaria de acreditar… Os sonhos, as ideias não têm limite!? Mas têm…
E estamos sempre a impor a nós mesmos limites…
Afinal, vivemos dentro de paredes e vedações… Limitados temporalmente por prazos… Limitados pelo espaço geográfico em que nos movimentamos…
Limitados pela lei, a moral, a ordem pública, a natureza das coisas…

Por mais que nos custe ouvir, não podemos esquecer que os limites e as punições são uma constante nas nossas vidas.
Viver em sociedade significa obedecer a regras. Muitas vezes não percebemos, mas estamos constantemente a respeitar e a definir limites. Não seria possível viver colectivamente sem eles.

Os limites ensinam-nos como respeitar o próximo, facilitando a socialização, por isso devem fazer parte da educação. Uma vez que vivemos em sociedade, é necessário haver respeito pelas regras pelas quais esta se rege.
Quando um limite não é respeitado, é importante que haja um "castigo. Mas atenção, a punição deve ser sempre equivalente à gravidade do acto cometido e aplicada de imediato.
É importante deixarmos claro que "limite" é diferente de "repressão". O primeiro actua através dos castigos, enquanto que a repressão o faz através da culpa. O castigo age sobre o acto e a culpa sobre a pessoa.
Durante o nosso desenvolvimento, estabelecer e conhecer os limites é saudável quando estes se referem apenas aos actos, não desmerecendo ou desvalorizando a pessoa.

domingo, 11 de julho de 2010

Zoo

Um jardim zoológico, também chamado de zoológico ou simplesmente zoo, é um local específico para se manter animais, selvagens e domesticados, que podem ser exibidos ao público.
Muitas vezes os zoológicos são criticados pelas pessoas que acreditam ser errado manter animais presos em cativeiro.

Mas devido a uma mudança de atitude e da mentalidade das pessoas, com os avanços da tecnologia, entre outros factores, está fazendo com que os zoológicos sejam mais sofisticados.
Espaços novos são projectados para simular o habitat natural, que além de favorecer o bem-estar do animal pode ser usado para aprender os costumes naturais do mesmo, pois ao simular o estado natural, o animal terá reacções naturais.
Os zoológicos possuem vários objectivos, dentre os quais estão a pesquisa, a preservação e a educação, sendo que a diversão o menos relevante. Assim os zoológicos têm o papel de proteger os animais em vez de explorá-los.

O
Jardim Zoológico de Lisboa tem como missão desenvolver e promover um parque zoológico e botânico que opere como um centro de conservação, reprodução e reintrodução nos respectivos ambientes de espécies ameaçadas de extinção, através de investigação científica e de programas de enriquecimento ambiental.
Paralelamente, além de se constituir em valioso espaço de pesquisa, a instituição alia à componente educativa uma dinâmica componente de entretenimento, com diversos espaços e actividades à disposição dos visitantes.


Como visitante, atrevi-me a receber um beijo de um leão-marinho, a sentir a textura da pele de uma serpente e surpreendi-me com a vista do teleférico…

sábado, 3 de julho de 2010

Mãe

--- Em branco ---

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Skye - Love Show


Senta-te, dá-me a sua mão
Eu vou te dizer o futuro
Eu vejo-te, vivendo feliz
Com alguém que realmente foi feito para ti
Alguém como eu

terça-feira, 29 de junho de 2010

Workaholism

Há quem seja valorizado pela sua determinação, capacidade em superar obstáculos e dedicação. Há quem tenha tal preocupação com o desempenho profissional que seja capaz de abdicar de momentos de lazer com a família ou amigos em detrimento do trabalho. Nada de muito preocupante, se tudo isto for bem doseado. É que a fronteira entre ser um bom profissional, exemplar e motivador aos olhos de uma equipa, e ser considerado um workaholic (viciado no trabalho) é cada vez mais ténue. Estima-se que 10% da população portuguesa seja viciada no trabalho. Gente para quem a actividade profissional é tudo e ter uma mera semana de férias constitui uma fonte de sofrimento e angústia.

São em cada vez maior número e dizem os especialistas que constituem a face mais visível de um mercado laboral cada vez mais global e adverso. Jovens, competitivos e profissionalmente ambiciosos. Não sabem parar, trabalham onde quer que estejam, colocam a família e os amigos em segundo plano. Sofrem de ansiedade, stress, distúrbios do sono. Vivem para o trabalho, muitas vez não por necessidade mas por vício.

Em oposição ao abuso de substâncias como drogas e álcool, as opiniões divergem sobre se tal comportamento doentio pode ser considerado um vício. Mas o workaholism é uma condição que pode causar tanto dano mental como físico. Não só ao individuo mas como à organização de que faça parte.
Eles não procuram maneiras de serem mais eficientes, apenas estão à procura de formas de terem mais trabalho para fazer.
Além de desencorajar a eficiência, pode pôr o stress enorme em co-trabalhadores. Se o workaholic é um gerente, ele ou ela pode esperar longas horas de subordinados, pode forçá-los a tentar atingir padrões impossíveis e, em seguida, entrar na corrida para salvar o dia quando o trabalho é considerado inferior.
A pessoa pode parecer como um herói, entrando para resolver crise após crise, quando na verdade essas crises poderiam ter sido evitadas. Às vezes, o workaholic pode ter inconscientemente criado problemas para proporcionar a emoção infinita de mais trabalho.

À semelhança de outros vícios, os viciados em trabalho também demoram a reconhecer que têm uma relação problemática com o trabalho e a procurar ou aceitar ajuda. Justificam esta ligação excessiva ao trabalho, que supera a família, os amigos, os hobbies, dizendo que gostam muito do que fazem. Há quem só reconheça precisar de ajuda e tratamento depois de um grande susto ou depois de toda a vida em seu redor (estrutura familiar, saúde, bem-estar) ter desmoronado. Até porque, em regra, estes profissionais excessivamente dedicados tornam-se indivíduos com problemas de isolamento e dificuldade de relacionamento inter-pessoal.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Empate

Quando não alcançamos a vitória… Mas também não somos derrotados pelos nossos oponentes no mesmo jogo…
É a situação de empate, que paralisa-nos e não queremos aperceber-nos que a vida continua…

Por vezes estamos à frente, por vezes estamos atrás… Mas a viagem é longa… Não devemos deter-nos e ficar a empatar o caminho que outros poderão utilizar…

Lenda

A lenda é um caminho que dá sentido à existência pessoal de cada um de nós, que nos faz brilhar de dentro para fora. É um entusiasmo que brota dentro de nós, quando sentimos que o que estamos a fazer é o que devíamos estar a fazer nesse exacto momento, nesse exacto local. Isto acontece quando estamos a seguir a nossa Lenda Pessoal.

Contudo, nem todos nós temos a coragem de nos confrontarmos com o nosso sonho, com o potencial que está dentro de nós.
São vários os obstáculos que nos surgem ao longo da nossa jornada…

Primeiro são os preconceitos, as ideias feitas, o medo de não sermos capazes de vencermos os nossos medos e ultrapassar o sentimento de culpa…
Depois, o amor… De não querer magoar os que nos são queridos, sem apercebermos de estes estarão presentes a apoiar-nos nas nossas jornadas…
Por fim, os medos da derrota e da realização… Do vazio que se lhe segue ao atingir nossos objectivos… E da necessidade de traçar novos planos…

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Herói

Um herói destaca-se dos demais pelo seu feito…
Uma personagem que tem tanto de mortal como de divino…

A inspiração heróica surge muitas vezes a partir da problemática imposta por um ambiente ou situação adversa, cuja solução exija um feito grandioso ou um esforço extraordinário. Solução que exige o surgimento de um herói…

“Conhece-se o herói
Pelo que ele faz de valor
É o que o homem constrói
Que o faz vencedor.” (Paulo Câncio)

De facto, basta um momento, para transformar um homem num herói… Mas não é num momento que o transforma numa lenda… Um homem honesto é aquele que mantém a virtude da honestidade toda a sua vida…

sábado, 5 de junho de 2010

Natação

A maioria das pessoas gosta de água e de frequentar sítios com água, portanto é muito importante saberem ou aprenderem a nadar como uma medida de segurança. A natação é um dos desportos mais procurados visto oferecer muitos momentos de lazer e ser uma actividade que aumenta a resistência cardiovascular sem qualquer tipo de impacto nas articulações do corpo.

Aumenta a coordenação dos movimentos e a resistência cardiovascular que aumenta e circula o oxigénio por todo o corpo. Exercita o maior número de músculos do que qualquer outro desporto sem causar impacto nas articulações e problemas nos ligamentos.

Afinal, a natação é a nossa capacidade de nos deslocarmos na água… E o facto de o praticar, aumenta a nossa qualidade de vida…

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Piscina

Na realidade, não passa de um tanque com água tratada e controlada…
Mas é utilizada para fins desportivos e recreativos.
Ou será, a ligação mais sofisticada com os nossos antepassados marítimos… Se foi no mar que a vida surgiu!
Afinal, vivemos com esta estranha obsessão de nos banharmos…

Gosto de ficar submerso… Sinto-me leve, como rodeado e sustentado pelos sentimentos e pelas emoções… E o silêncio acalma o meu espírito. A resistência da água obriga-me a mover com harmonia.
Sinto-me seguro, num ambiente confortável… Apesar de, na verdade, ser perigoso… No entanto, é sempre uma experiência agradável…
Mas como preciso de respirar, volto à superfície… E é como voltar a encarar a vida e o mundo…

À beira de uma piscina, imagino estar à beira mar…
À beira de uma piscina, desfruto momentos descontraídos de diversão e convívio…

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Um Funeral À Chuva


- Porque a vida é bela demais para chorar…




Ao jeito de "The Big Chill" (Os amigos de Alex, de 1983)…

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Queixar-se

Somos uns eternos insatisfeitos… Descontentes com aquilo que temos… Desgostosos com aquilo que somos… Desagradados com os outros…
"O ser humano inventou a linguagem para satisfazer a sua profunda necessidade de se queixar." (Lily Tomlin)

Lamentamo-nos constantemente da nossa sorte (ou falta dela)… Apresentamos queixa aos outros e reclamamos de algo ou de alguém…
Lastimamos e manifestamos esse ressentimento pelo o mundo que nos rodeia ser incapaz de ser melhor para agradar e satisfazer, e exigimos e se façam valer os nossos supostos direitos…

Somos capazes de reconhecer no mundo que nos rodeia, as suas deficiências e de o censurar… Impedimos que o mundo que no rodeia nos ataque e combatemos corajosamente reclamando e expondo os seus agravos ou motivos de desgosto…
Mas somos incapazes de queixarmo-nos de nós mesmos, por não fornecermos nós mesmos ao mundo que nos rodeia aquilo que lhe falta… Numa falta de compreensão e de acção, somos incapazes de uma atitude construtiva de melhorar o mundo que nos rodeia… Somos incapazes de reconhecer em nós mesmos, a origem das deficiências de que nos queixamos…

Quando seremos todos capazes de dizer? "Não encontro defeitos. Encontro soluções. Qualquer um sabe queixar-se."(Henry Ford)

terça-feira, 1 de junho de 2010

Casamento

Nasceu um novo conceito de casamento…
“Casamento é o contrato celebrado entre duas pessoas que pretendem constituir família mediante uma plena comunhão de vida, nos termos das disposições deste Código” (Código Civil português)…

Concordamos e perguntamo-nos o que afinal tem de inovador…
O facto de a Lei n.º 9/2010 de 31 de Maio excluir do conceito a expressão: “de sexo diferente”. O casamento contraído por duas pessoas do mesmo sexo, deixa de ser um acto inexistente, mas aceite segundo as disposições do Código Civil português…

Independentemente de concordarem ou não, ao Direito cabe admitir o que existe na sociedade… E sem formar juízos de valor e moralismos, definir regras, as melhores se possível, para regular estas situações…
O casamento nunca é fácil, seja ou não entre pessoas de sexo diferente… A verdade é que tudo depende de força de vontade e luta e que os parceiros estão dispostos a fazer. E o Direito á apenas um instrumento para dirimir conflitos…

segunda-feira, 31 de maio de 2010

c

A velocidade da luz, é geralmente arredondada em 300.000 km/s. Mas é de exactamente 299.792,548km/s…

A velocidade da luz no vácuo, simbolizada pela letra c, é definida como 299 792 458 metros por segundo, o mesmo que 1 079 252 848,8 quilómetros por hora. O símbolo c tem origem na palavra em Latim "celeritas", que significa velocidade ou rapidez. A velocidade da luz em um meio material transparente, tal como o vidro ou o ar, é menor que c, sendo a fracção função do índice de refracção do meio.

A unidade fundamental do SI para comprimentos, o metro, é definido, desde 21 de Outubro de 1983, como a distância que a luz viaja no vácuo em 1/299.792.458 do segundo; qualquer aumento na precisão da medida de velocidade da luz iria certamente refinar a definição do metro, mas não alterar o valor numérico do c.

Rita Guerra - À espera do sol



À espera da luz…

domingo, 30 de maio de 2010

Prerrogativa

Devido à posição que detenho ou que me colocam, à dignidade que obtenho por merecimento, possuo direitos e deveres… Mas também vantagens e privilégios inerente a essa dignidade…

Como qualquer privilégio, é uma vantagem ou direito que me é concedido a mim, que exclui os outros… Mas uma concessão consentida pelos outros…

Torna-se uma prerrogativa que me pertence. Um privilégio conquistado para poder executar algo, sem me encontrar coagido ou coibido… E a mim cabe decidir ou não…
“É minha prerrogativa…”