segunda-feira, 16 de junho de 2008

Riscos

O perigo pressupõe o conhecimento, com base num juízo de prognose ou nos dados da experiência, de que uma determinada acção causa, provavelmente, um dano…
Enquanto o perigo constitui uma ameaça concreta à existência ou segurança de uma pessoa ou de uma coisa, assente numa probabilidade relevante de ocorrência, o risco é um perigo eventual, mais ou menos previsível, no qual não existe (ou, em bom rigor, não é conhecida) uma probabilidade significativa de ocorrência de lesão…

Por outro lado, todas as acções humanas envolvem um risco residual, isto é, um risco cuja concretização se apresenta como tão remota ou improvável que a sua existência é avaliada pela sociedade como aceitável…
Um acontecimento imprevisível, uma eventualidade sobre a qual não é possível tecer um juízo de valor por não existir a mínima identificabilidade de um risco ou perigo, real ou hipotético…

A reivindicação de segurança absoluta não pode, todavia, ser integralmente satisfeita. Vive-se uma época em se “pretende eliminar a existência da ideia de risco. Cada um esquece que a sua própria vida é uma aventura, o acidente em que não se sabe mais enfrentar torna-se um evento incompreensível que exige sistematicamente uma compensação” (Edgar Morin).

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