Frequentemente, os estudos dos postos de trabalho recomendam uma cadeira e uma estratégia de formação que visam consciencializar o trabalhador a respeito da postura mais correcta a ser adoptada.
Achados da literatura e situações analisadas permitem criticar o referido modelo de intervenção, que prescreve cadeiras e posturas correctas como única alternativa de solução para os problemas identificados.
A "abordagem da cadeira" reduz o conceito de postura ao desconsiderar a dinâmica do aparelho músculo-esquelético e ao desprezar as outras funções do organismo implicadas na fisiologia
postural, como a função visual, a mecânica circulatória, a posição dos órgãos internos, o sistema neurológico.
Sustentando-se em um modelo redutor de ser humano, ou seja, o homem-máquina, elabora recomendações para a concepção de mobiliário incompatíveis com as possibilidades do corpo humano. A incompatibilidade gera conflitos entre os aparatos oferecidos pelo mobiliário e a utilização real que fazemos deles. Não é incomum verificar as pessoas dispensarem a oferta de conforto de um certo aparato do posto de trabalho, finamente detalhado, mas que não possui qualquer serventia prática.
postural, como a função visual, a mecânica circulatória, a posição dos órgãos internos, o sistema neurológico.
Sustentando-se em um modelo redutor de ser humano, ou seja, o homem-máquina, elabora recomendações para a concepção de mobiliário incompatíveis com as possibilidades do corpo humano. A incompatibilidade gera conflitos entre os aparatos oferecidos pelo mobiliário e a utilização real que fazemos deles. Não é incomum verificar as pessoas dispensarem a oferta de conforto de um certo aparato do posto de trabalho, finamente detalhado, mas que não possui qualquer serventia prática.
Uma abordagem reduzida da situação do trabalho contentar-se-ia em avaliar as dimensões antropométricas, desconsiderando o uso que o trabalhador faz do seu mobiliário.
“A voz do ser humano não é um microfone, os seus ouvidos não são amplificadores, os seus olhos não são holofotes, as suas articulações não são polias” (Laville).
O ser humano não pode ser comparado a uma máquina. A máquina não tem uma ideia do mundo que a rodeia. O ser humano tem uma ideia e modifica esta ideia à medida que o mundo se transforma pela sua acção. Não seria esta característica a força do processo civilizacional humano?
Postura é o arranjo relativo das partes do corpo. A postura é o principal elemento da actividade do ser humano, ou seja, não se trata apenas de manter-se em pé ou sentado, mas de “agir” dando um suporte à tomada de informações e à acção motora no meio de trabalho. Vista dessa forma, a postura é um meio para localizar as informações exteriores e preparar os segmentos corporais e os músculos a fim de agir no ambiente. Trata-se, assim, de organizar o espaço em referência ao seu corpo para localizar-se, deslocar-se e agir numa perspectiva dinâmica.
A postura é um meio de expressão e comunicação, é um sinal da condição socio-cultural do indivíduo e, assim, meio de expressão da condição no grupo. Se não, como explicar os braços cerrados e presos para trás dos trabalhadores humildes que, por vezes, abaixam as suas cabeças para ouvir a sua hierarquia?
Por fim, e não menos importante, uma das funções da postura é proteger as estruturas de suporte do corpo contra lesão ou deformidade progressiva, independentemente da atitude (erecta, deitada, agachada, encurvada) nas quais essas estruturas estão a trabalhar ou a repousar.
A postura saudável seria o estado de equilíbrio muscular e esquelético no qual os músculos funcionam mais eficientemente e posições ideais são proporcionadas para acomodar os órgãos torácicos e abdominais.
“A voz do ser humano não é um microfone, os seus ouvidos não são amplificadores, os seus olhos não são holofotes, as suas articulações não são polias” (Laville).
O ser humano não pode ser comparado a uma máquina. A máquina não tem uma ideia do mundo que a rodeia. O ser humano tem uma ideia e modifica esta ideia à medida que o mundo se transforma pela sua acção. Não seria esta característica a força do processo civilizacional humano?
Postura é o arranjo relativo das partes do corpo. A postura é o principal elemento da actividade do ser humano, ou seja, não se trata apenas de manter-se em pé ou sentado, mas de “agir” dando um suporte à tomada de informações e à acção motora no meio de trabalho. Vista dessa forma, a postura é um meio para localizar as informações exteriores e preparar os segmentos corporais e os músculos a fim de agir no ambiente. Trata-se, assim, de organizar o espaço em referência ao seu corpo para localizar-se, deslocar-se e agir numa perspectiva dinâmica.
A postura é um meio de expressão e comunicação, é um sinal da condição socio-cultural do indivíduo e, assim, meio de expressão da condição no grupo. Se não, como explicar os braços cerrados e presos para trás dos trabalhadores humildes que, por vezes, abaixam as suas cabeças para ouvir a sua hierarquia?
Por fim, e não menos importante, uma das funções da postura é proteger as estruturas de suporte do corpo contra lesão ou deformidade progressiva, independentemente da atitude (erecta, deitada, agachada, encurvada) nas quais essas estruturas estão a trabalhar ou a repousar.
A postura saudável seria o estado de equilíbrio muscular e esquelético no qual os músculos funcionam mais eficientemente e posições ideais são proporcionadas para acomodar os órgãos torácicos e abdominais.
A postura estereotipada é uma relação defeituosa entre as várias partes do corpo.
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