Suponha que normalmente toma uma refeição num restaurante com alguns amigos…
Na hora de pagar a conta e para não haver discussão, a conta é dividida igualmente entre os convivas.
Provavelmente, o que lhe cabe, equivale ao que cada um pagaria pelo próprio consumo…
Isto não seria óbvio, se não fosse um acordo tácito em prol da manutenção da amizade… De facto, se desejamos manter uma relação de confiança entre amigos, os pratos e bebidas que todos escolhemos são de valor semelhante. Quanto às sobremesas, ou quase todos pedimos, senão mesmo todos ou ninguém quer…
Quando um pede algo de valor superior, perde consideração dos demais e é olhado com desconfiança…
Agora suponha que é organizada uma confraternização em que a maioria dos participantes são para si estranhos e que cada conviva pode pedir o que bem entender e a conta é dividida por todos…
Neste caso, são estranhos e a relação de amizade não existe ou não existe a possibilidade de futura amizade… Serão vários que terão a mesma ideia de pedir pratos e bebidas mais dispendiosos considerando que o custo marginal para os demais será mínimo e ninguém reparará na sua extravagância…
O resultado é o grupo gastar muito mais do que teria gasto se cada um pagasse individualmente pelo que consumisse…
Na procura de obter uma vantagem individual, prejudicamos o grupo…
Sem pensar duas vezes?
Claro que pensamos uma segunda vez… «Se não for eu a obter essa vantagem, será outro… Então, também deverei ter a mesma atitude, apesar de não ser a mais correcta»…
segunda-feira, 18 de agosto de 2008
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