Pólo Norte - Aprender a ser feliz

Eu realmente estou…

Despejo

Sinto-me como se a alma corresse o risco de ser despejada do corpo que habita…
Travo uma luta contra este sentimento de resignação que se apodera do meu espírito… Mas, a acção de despejo intentada pelo senhorio encontra-se numa fase avançada… O tribunal da consciência encontra-se prestes a declarar a extinção do contrato de arrendamento e a condenar a alma a abandonar o meu corpo para sempre…

Condenada a vaguear pelo mundo, o corpo permanecerá vazio, devoluto…
Corre-se o risco de perder uma identidade, e de o corpo arruinar-se rapidamente, devido à falta de cuidado e abandono…

É na adversidade, que a alma encontra coragem para enfrentar a vida…
Para encontrar formas de animo e energia para permanecer no corpo que reside até hoje…

Rio

Curso de água que meus passos acompanham…
Oiço, na tua margem, os sons da água que corre para o seu destino…
Leva-me contigo, nas tuas águas, para longe daqui… Para além da tua foz…

Fluido, contornas todos os obstáculos com que te deparas ou foram colocados… Ensina-me como a todos ultrapassastes, desde a tua nascente…
Transbordas livremente na abundância… E quando as tuas margens são demasiado comprimidas por gente inconsciente, causas sofrimento e destruição…
Desejo ser um pouco como tu…

Mas estou quieto no meu lugar… Sem jusante nem montante…

Recomeço

Um projecto de vida… Como indica, é um plano geral cujo desígnio é dar sentido às nossas longas caminhadas neste mundo em que habitamos…
E, quando, afinal, tudo pelo que lutámos e esforçamo-nos, de nada vale e atingimos um beco sem saída, cuja única direcção que podemos optar é voltar atrás…

E regressar a uma encruzilhada que poderíamos considerada como esquecida… Uma encruzilhada que receamos regressar com medo de cair em emboscadas que julgávamos ter escapado…
Uma encruzilhada, em que até acreditávamos, um dia regressar, mas não era esse o nosso intento…

Que fazer, numa situação destas?
Desistir…
Ir de encontro ao intransponível…
Recomeçar…

Recomeço…

Lisboa

Mais um pouco da história de Lisboa…

Hospital

Os hospitais têm a função de proteger e recuperar a saúde dos indivíduos, de proporcionar o diagnóstico e o tratamento necessário aos cidadãos e de salvar vidas.
Mas chamo-lhes “casas de morte”… Porque não é num hospital que espero cuidados e atenção…

Detesto hospitais, casas de saúdes, postos de socorro, farmácias, centros de saúde… O cheiro tão característico destes locais incomoda-me…
Na verdade, também o intenso odor das perfumarias…
Mas o que mais me incomoda é o sofrimento de quem recorre a estes locais e a insensibilidade a esse sofrimento de quem tem o dever de os socorrer…

Fico agradecido, sempre que me provam o contrário…

Prudência

Agimos com precaução, cautela, moderação, circunspecção, com tino…
E tudo para procurar prever e evitar os erros e os perigos…Mas a vida é um constante risco, uma aventura a ser vivida em cada acontecimento… Mesmo o risco calculado e consciente…

Para tanto, Confiamos nos outros, confiamos na sorte… Mas, "confiar desconfiando é uma regra muito salutar da prudência humana" (Marquês de Maricá) que realmente nos auxilia a evitar erros e perigos desnecessários…

Contudo, “a prudência só serve para adiar o inevitável, mais cedo ou mais tarde, acaba por se render” (José Saramago).
Se assim é verdade, então devemos enfrentar com coragem a inevitabilidade dos erros e dos perigos…

Sabedoria

Sabedoria não é um mero conhecimento, informação, experiência acumulada ao longo da caminhada… Sabedoria é o conhecimento, a informação, a experiência que nos toca a alma…
O conhecimento, informação, experiência adquirida, assimilada, reflectida e colocada em prática…

A alma para que cresça e desenvolva necessita de sabedoria…
Não basta adquirir conhecimento e detê-la… O que nos torna sábios é saber aplicar esse conhecimento…

“Um homem pode tanto quanto sabe” (Bacon).

Só o sujeito capaz de optar e decidir racionalmente, com consciência é capaz de assumir as causas e as consequências da sua acção.Consciência é a capacidade de julgar as nossas próprias acções, decidindo se são correctas ou não, escolhendo os nossos caminhos na vida…
Que o seja com sabedoria…

Mabon

Este dia tem de novo a luz e a escuridão em equilíbrio, antes de começar a época sombria…

Tempo

“Apesar de não chegarem aos cem anos, os homens inventam preocupações para mil” (George Nathan) …
De facto, o tempo tudo cura e tudo conserta, porque afinal não somos eternos, e portanto, as preocupações e as mágoas não são eternas…

Os momentos, as horas, os dias, os anos sucedem-se sem parar ou deter por um segundo sequer…
E o nosso tempo é uma ínfima parte do tempo…
Somos, microscopicamente, ínfimos…
Demasiado pequenos para sermos visíveis…

Pensamos que gravámos em pedra e as nossas marcas perdurarão para todo o sempre… Mas, na verdade, o tempo tratará de limpar as nossas marcas como o vento apaga as pegadas deixadas na areia…

Alento

Falta-me inspiração para continuar…
O entusiasmo perdeu-se pelo caminho…
O desânimo instalou-se na minha alma e o mais simples gesto exige um esforço descomunal…

Falta-me vontade para continuar…
O alento perdeu-se pelo caminho…
Um abatimento instalou-se na minha alma e o mais simples pensamento obriga a um empenho exagerado…

Preciso de energia e força, para que a caminhada não pareça uma simples obrigação, mas um prazer…
Preciso de ânimo para retirar alegria no simples facto de respirar e estar vivo…
Alento, precisa-se…

Mágoa

"É uma palavra bonita, mágoa. Sabe a lágrimas silenciosas, a noites de insónia, a manhãs de Domingo solitárias e sem sentido. Está para lá da tristeza, da saudade, do desejo de lutar pelo que já se perdeu, da raiva de não ter o que mais se queria, da pena de ter deixado fugir um grande amor, por ser demasiado grande. Primeiro grita-se, barafusta-se, soluça-se em catadupas. Depois, é o pós-guerra, a rendição, a entrega das armas e as sentenças de um tribunal marcial interior, em que os juízes são a vida, e o réu, o que fizermos dela. Limpam-se os destroços. Enterram-se os mortos, tratam-se dos feridos, que são as nossas feridas, feitas de saudades, de desencontros, palavras infelizes e frases insensatas, medos, frustrações e tudo o que não dissemos. A mágoa chega então, quando o cansaço já não nos deixa sentir mais nada. É silenciosa e matreira, instala-se sem darmos por ela, aloja-se no coração. Mas o mundo nunca pára. Nada pára. A vida foge, os dias atropelam-se, é preciso continuar a vivê-los, mesmo com dor. Pelo menos a mágoa magoa, mas faz-nos sentir vivos." (Margarida Rebelo Pinto)

Emissões atmosféricas

São as substâncias que empobrecem a camada de ozono…
As emissões de gases que provocam o efeito de estufa na atmosfera…
Os poluentes e as partículas que lançamos sobre o ar que respiramos…

É nas empresas, nas instituições, na comunidade e até mesmo nos governos que devemos procurar soluções que visem resultados para todos. Resultados para a sociedade, para a humanidade, ao invés de resultados para o indivíduo, ou o simples lucro.

A sustentabilidade dos negócios depende da durabilidade das relações da empresa com suas partes interessadas ou públicos de relacionamento: colaboradores, clientes e consumidores, fornecedores, accionistas, comunidade, Estado e meio-ambiente). Gerir de modo ético as relações com esses públicos é zelar pela reputação, pelo valor da marca, é ampliar a sombra de futuro das relações e, por consequência, a continuidade da empresa.
Como colaboradores, clientes e consumidores, fornecedores, accionistas, membros da comunidade, contribuintes, seres vivos, devemos beneficiar os negócios menos poluentes, menos prejudiciais para o ambiente…

Tristeza

Desânimo, desgosto, perda, desilusão, dor, incapacidade, arrependimento…
Emoção de tristeza…
O coração parece vazio… A face descai… A cabeça tomba nos ombros…
Lágrimas rolam pela cara… O sono é fraco… O apetite é pouco…

“Depois da tristeza vem a alegria; depois da alegria vem a tristeza. Estamos sempre na instabilidade, entre a esperança e o medo” (John Owen) …
“Sobre as asas do tempo, a tristeza vai-se embora” (Jean de La Fontaine) …
Então, a tristeza não resiste à prova do tempo… E o sentimento muda…

Contudo, sinto-me, “feliz na tristeza, triste na alegria” (Giordano Bruno) …
A felicidade nunca é completa, mas também não é a tristeza…
Há sempre motivos para sorrir… Um amigo… Um motivo de orgulho…

Trabalho

Muito acontece nas nossas caminhadas, na nossa evolução como pessoas… Muitas peripécias, várias experiências… Alegrias e desgostos…
A constante é o trabalho e os afazeres que temos sempre para realizar…
E entretanto, “o trabalho é uma espécie de cola psicológica que mantém o homem inteiro” (Montapert), que mantém a nossa sanidade…

Raramente fazemos aquilo de que realmente gostamos… Mas são variados os motivos e razões para os quais temos de o fazer…
Porque fazemos, tem um propósito, um objectivo… Nem que seja para manter as nossas mentes ocupadas, principalmente, quando nossos corações encontram-se vazios…

No entanto, temos de compreender que “a maior recompensa do nosso trabalho não é o que nos pagam por ele, mas aquilo em que ele nos transforma” (John Ruskin).
O trabalho faz de nós melhores pessoas… Realizados…

Dez

O número 10 é um dos mais antigos na história da humanidade. Muitos povos primitivos contavam as coisas do mundo (como os seus bens) com base nos dedos das duas mãos, com o quais chegavam até dez.

Eu ainda utilizo os dedos das duas mãos para auxiliar-me nas minhas contas…E se sabemos contar até 10, sabemos contar até à eternidade…

Groove Armada - Madder

Quando eu perco a minha paciência…
Perco controlo de mim… Sinto perder a minha sanidade…

Saga

Quando uma tarefa partilhada por várias pessoas se torna numa saga…
Num conjunto épico de vários acontecimentos que se sucedem e formam uma história de vários capítulos…
O fim não se vislumbra, nem como poderá terminar…

Apenas em busca de algo ou alguém… Um objectivo simples de formular, mas complicado de concretizar…
E as peripécias, os actos seguem-se uns aos outros… Uma vaga de ocorrências discorrem em várias direcções defronte de nós…
O pensamento divaga e viaja…

A tarefa torna-se numa parte ínfima da saga que se preconiza…

Acumulado

O mundo e o tempo não param para ninguém…
E por pouco tempo em que ausentamo-nos, tudo se acumula…
A confusão e a desordem instala-se…
Mas a ordem tem de ser restabelecida…
Um esforço suplementar é dedicado ao que ficou acumulado…

Mas acumular funções, trabalhos a executar…
É necessária atenção para não sermos levados ao extremo de não sermos capazes de realizar nenhuma por ser demasiado… De termos afazeres a mais do que aqueles que estamos preparados para realizar…

Mas nem sempre acumular é negativo…
“Quem não pode ou não sabe acumular, nunca chega a ser sábio nem rico” (Marquês de Maricá) …
Acumula sabedoria e experiência… Não acumule coisas…

Sucesso

Quando agimos e atingimos nossos objectivos e metas…
Quando actuamos e as condições que nos cercam melhoram…
Quando fazemos e é um êxito…
Quando a consequência é o sucesso…

O sucesso é um sentimento de realização das nossas aspirações e propósitos…
A alegria transborda… A motivação e a persistência para prosseguir cresce…

O desejo de obter sucesso é irrelevante… “O sucesso é uma consequência e não um objectivo” (Gustave Flaubert) …
É necessário trabalho árduo, preparação e um pouco de talento…
E, mais importante, continuar… O sucesso não é o fim do nosso esforço mas um acréscimo à coragem de continuar o nosso caminho…

Celebra o sucesso, e continua a marcha…

Jeff Dunham - Achmed, The Dead Terrorist

Rir é mesmo o melhor o remédio…

Francesinha

Em qualquer rua… Em qualquer restaurante… Em qualquer café… Em qualquer casa de pasto… Em qualquer tasca…
Em qualquer ementa… Em qualquer lista de pratos na cidade do Porto…
Parece obrigatório…
Encontro sempre presente a Francesinha…

Mas engano-me… Porque é sempre diferente…
A receita nunca é igual… As variedades das Francesinha são infindáveis… E ajustam-se ao gosto de pessoal de cada um… O espírito é que permanece inalterado…

O espírito é uma sandes constituída a seu gosto coberta com queijo derretido guarnecida com um molho que constitui a verdadeira alma desta iguaria típica de uma cidade inigualável…

Vandalismo

Como me aborrece… A devastação causada por quem apenas destrói pelo prazer de destruir…
Destruir com intenção e malícia…

Certos entendidos afirmam que se trata de uma forma de expressão…
!!!
Actos que surgem a partir de sentimentos de revolta por parte dos que os praticam… Do seu descontentamento acerca de um determinado assunto… Ou por simples divertimento, para passar o tempo…
E o resultado? Negativo…
Apenas manifesta destruição, violência e falta de respeito…

Vandalismo é agir com violência sobre outros, sobre objectos e até sobre seres vivos… É um uso excessivo de força desnecessária que visa causar apenas destruição…

Malas

“Omnia mea mecum porto…”
(tudo o que me pertence transporto comigo) …

Não sou um caracol mas carrego a casa às costas…
Em carteiras, malas, mochilas, bolsas, “pochetes”, “necessaires”…
Para onde quer que vá… Nada me pode faltar…
Não vá o diabo tecê-las, e por prevenção, algo é acrescentado…

Para trás fica, o absolutamente, desnecessário…
Mas o que vai tem de ser carregado… E pesa… E ocupa espaço…
Daí devermos ser tão criteriosos…

Fluir

Como almejo ser capaz de fluir…
Como aspiro ao que não posso ter ou àquilo que não vou fruir…
Como aparento estar estagnado…

Pirotecnia

A pirotecnia refere-se à arte e ciência do fogo de artifício…
Comparável à música, ao teatro, à pintura, é tida como uma arte menor… Mas que requer do artífice técnica e habilidade…
Como ciência, a pirotecnia pretende compreender e quantificar os produtos químicos e os fenómenos físicos que caracterizam as reacções do fogo…

O fogo pirotécnico teve origem com a invenção de um pó preto, a pólvora… E desde então, novos efeitos e novos materiais continuam a ser descobertos para nos maravilhar e surpreender…

É sempre emocionante um espectáculo de pirotecnia…
É sempre deslumbrante o jogo de cor e luz…
Assustador o estrondo e os riscos que envolve…
São flores desenhadas no céu estrelado…
A beleza num momento de explosão…
O espectáculo de pirotecnia constitui o ponto alto de qualquer evento…

Voar

Não tenho asas… Ainda não consigo voar… E deslocar-me rapidamente…
Encontro-me preso ao tráfego que se avoluma e menos capacidade tem para avançar…

O único que consegue voar é o tempo que decorre velozmente e não espera por ninguém…
Os mexericos imitam-no com a velocidade com que se propagam pelas pessoas…

Elevo-me em pensamentos, mas estou acorrentado ao chão…
Mas não consigo… Não consigo, simplesmente, desaparecer no ar…
Porquê?
“Por que razão contentamos viver rastejando, quando sentimos o desejo de voar?” (Helen Keller)
Porque desejo voar… Porque desejo transcender-me do que é comum…
No entanto, só através de máquinas…

Cancelado

Viagem… Cancelada… Cinema… Cancelado… Reunião… Cancelada… Encontro… Cancelado…
Minha vida? Cancelada?
Apenas uma suspensão momentânea… Ou será definitivo?

Porque quando algo programado é adiado ou cancelado nos afecta tanto?
Apenas ficamos com os planos de pernas para o ar e o momento posterior poderá ser-nos inconveniente…
Então quando é cancelado sem qualquer aviso, e damos «com a cara na porta» …

Uma actividade programada…
A preparação…
Os cuidados tidos em consideração… E, de repente, puxam o chão por debaixo dos nossos pés…
De súbito, tudo o que foi feito é inútil…

Oh, frustração… Oh, stress…
Como o mundo que nos rodeia escapa ao nosso controlo…

WALL-E

É uma fantasia… Mas tem por fundo uma verdade… Tratamos o nosso planeta como uma lixeira…

Cadeado

Com um cadeado bloqueamos o acesso a uma determinada área ou coisa…
Com a chave ou código, abrimos o que pretendemos que se encontre fora do alcance dos outros…
Com a chave ou código accionamos o mecanismo que compõe o cadeado…
E apenas com uma determinada chave ou determinado código poderemos voltar a abrir…

Com alguns movimentos específicos, o cadeado é trancado…
Com a chave em nossa posse ou o código em nossas mentes, fáceis de transportar, podemos afastar-nos… Seguros de que os segredos e mistérios que pretendemos guardar não serão furtados, roubados ou pilhados… Seguros de que mais ninguém poderá profanar o que impedimos com um ou mais cadeados…

Um obstáculo para os outros, infelizmente, também se torna um obstáculo para nós mesmos, quando a chave é perdida ou o código esquecido…

Postura

«Olha a postura»… «Põe as costas direitas»… «Senta-te como deve ser»…
«Leva uma coisa de cada vez»…
A resposta é vulgarmente: «Chato/a»…
E é para o nosso bem… E neste momento, endireita-se a coluna para corrigir a postura…

Qualquer actividade, profissional ou doméstica, obriga a pessoa a manter certas posições do corpo durante bastante tempo que causam lesões ao nosso corpo…
O facto de estarmos sempre a suportar cargas (um objecto, uma mala, etc.) que carregamos erradamente ou cujo peso é excessivo…
Os movimentos repetitivos, esforços elevados, posturas inadequadas, a falta de força e flexibilidade, trabalho muscular estático, o stress físico e emocional são a origem das lesões muscúlo-esqueléticas…
Como resultado, há um desgaste dos tecidos do corpo: juntas, ligamentos, tendões, nervos e músculos…

Mas, quando, finalmente, chega o momento de repousar, esquecemo-nos de manter a postura correcta… A postura incorrecta, na realidade, está a colocar em esforço o nosso corpo…

Para nosso bem, devemos aprender a corrigir a postura, a eliminar o stress e a desenvolver o equilíbrio…