quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Ceptro

Em Portugal, ao contrário do que acontece em outros países, não se verifica na investidura dos monarcas uma larga alusão à entrega das insígnias. Estas, todavia, encontram-se bem documentadas nas descrições da aclamação.
A Idade Média, sob o aspecto de simbologia política, foi de uma exuberante variedade e riqueza. Países houve, contudo, que constituíram excepção neste capítulo. Portugal é disso exemplo. Os signos da soberania em Portugal - e nao apenas naquela época histórica - além de raros, nunca encerraram interpretações extremistas; mas nem por isso, uma curta análise, deixa de ser útil.


A espada ou estoque representava a vitória sobre os inimigos e simultaneamente a justiça punitiva.

O ceptro, como a coroa, tinha atrás de si larga tradição e constituia uma das insígnias mais representativas da realeza. Em Portugal, logo desde os primeiros tempos da monarquia, o ceptro pertence à simbólica do Estado. Segundo o Direito Canónico, o ceptro - imagem da rectidão - representava a Justiça.


O ceptro obteve em Portugal, como símbolo político-jurídico, importância só comparável à que lá fora logrou a coroa. A coroa, de facto, não foi usada pelos soberanos portugueses, embora tenha feito parte da nossa simbólica estatal e tivesse mesmo ficado indissoluvelmente ligada à iconografia régia.

1 comentário:

Fatima disse...

A SIMECQ-Cultura vem desejar um Feliz Natal e um Novo Ano cheio de saúde, paz e amor.