domingo, 1 de janeiro de 2017

Auto-preservação

É algo que sei que me une a todo o mundo animal, e até quem poderá saber, até ao mundo vegetal. A auto-preservação.
Esta busca para evitar a dor; de manter intacta a minha integridade física e até mesmo mental. De manter-me vivo e ileso...
Crente e seguidor de uma velha máxima de não fazer aos outros o que não gostaria que me fizesse... Por isso, procuro abster-me de causar dor e dano a outros. Mas reconheço ser uma façanha impossível e irrealizável.

Em contrapartida, a meu ver, os outros raramente procuram abster-se de actos que levam a produzir dor a outros ou a eles mesmos.
Ser altivo e arrogante, demonstraram-me, ao longo da minha caminhada neste mundo cruel, as minhas mais eficientes armas de preservação. O medo, como mecanismo para procurar segurança, não é o mais adequado...

Estou cansado deste mundo politicamente correcto ainda que moralmente podre. Um mundo em que nós temos medo que os outros iram ser ofendidos por nossas palavras, mas que os outros não vão ser afectados por nossas acções. Um mundo onde todos dizem que querem uma solução, mas ninguém está disposto a admitir que são o problema.

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