A Idade Média, sob o aspecto de simbologia política, foi de uma exuberante variedade e riqueza. Países houve, contudo, que constituíram excepção neste capítulo. Portugal é disso exemplo. Os signos da soberania em Portugal - e nao apenas naquela época histórica - além de raros, nunca encerraram interpretações extremistas; mas nem por isso, uma curta análise, deixa de ser útil.
A espada ou estoque representava a vitória sobre os inimigos e simultaneamente a justiça punitiva.
O ceptro, como a coroa, tinha atrás de si larga tradição e constituia uma das insígnias mais representativas da realeza. Em Portugal, logo desde os primeiros tempos da monarquia, o ceptro pertence à simbólica do Estado. Segundo o Direito Canónico, o ceptro - imagem da rectidão - representava a Justiça.
O ceptro obteve em Portugal, como símbolo político-jurídico, importância só comparável à que lá fora logrou a coroa. A coroa, de facto, não foi usada pelos soberanos portugueses, embora tenha feito parte da nossa simbólica estatal e tivesse mesmo ficado indissoluvelmente ligada à iconografia régia.