Fundadores, gerentes, administradores ou directores… Independentemente, como são referidos, como são nomeados ou eleitos, até à sua destituição são os responsáveis por administrar e representar uma organização.
São os gestores altamente qualificados e ainda mais, bem remunerados, que têm o dever de estar à frente das associações ou fundações, sociedades comerciais ou não, empresas agrupamentos, ou seja, uma qualquer organização…
Numa organização com poucas pessoas, é o colega e por vezes amigo… Mas, para quem trabalha numa organização composta por centenas de indivíduos, (como eu), o administrador torna-se num quase semi-deus. Uma figura mítica, de quem todos conhecem o seu nome, mas nem todos viram-no… E apenas um punhado, lhe dirigem a palavra. São os nossos intermediários, com estas figuras mitológicas.
Pois, o administrador tem a aura de possuir um estranho poder que pode alterar o curso dos nossos destinos.
Então, no topo de um qualquer organograma de uma organização, encontra-se a “Administração”. Para os íntimos, a famosa: “ADM”…
Mas enquanto laborava num trabalho em equipa, a apresentar internacionalmente, este tem de ser elaborado em inglês. E apesar de poder gabar de falar e escrever fluentemente em inglês, não domino as abreviaturas inglesas. Cuja pesquisa coube a um colega que me chama e tapa com as mãos parte do monitor. E desenrola-se a seguinte conversa:
- O que significa?
Vejo escrito “ADM” e muito seguro de mim.
- Administração…
Com um sorriso de orelha a orelha, meu colega diz:
- É um dicionário de medicina.
E eu muito confiante.
- Os hospitais também têm administrações…
Então, retira as mãos e eu leio lentamente em voz alta. Enquanto muito do que não compreendia, começou a fazer sentido:
- Alcohol, Drugs and Mental disorders...
